O jornalista Fernando Villavicencio, candidato à presidência do Equador, foi assassinado com três tiros na cabeça após sair de uma reunião partidária na capital Quito, nesta quarta-feira (9).As informações foram confirmadas pela própria equipe de Villavicencio nas redes sociais. No país, a eleição presidencial está prevista para o próximo dia 20.
O atual presidente, Guillermo Lasso, demonstrou solidariedade a Villavicencio e informou que o crime não ficará impune.
“Indignado e chocado com o assassinato do candidato presidencial Fernando Villavicencio. Minha solidariedade e condolências à esposa e filhas. Pela sua memória e pela sua luta, garanto-vos que este crime não ficará impune”, escreveu o presidente equatoriano.
Villavicencio já foi para o exílio e teve casa metralhada em 2022
Fernando Villavicencio já havia sofrido uma tentativa de assassinato no ano passado.
Na ocasião, a casa do político foi alvo de disparos de metralhadora. Ele não estava na residência no momento do ataque, apenas seus familiares, que não ficaram feridos.
Villavicencio fez um discurso na época e afirmou que não fora a sua família a atacada durante os tiros disparados, mas sim a população equatoriana.
Jornalista investigativo
Como jornalista investigativo, Fernando Villavicencio se tornou conhecido pela denúncia de crimes de corrupção e que envolvem petróleo.
Em um dos casos famosos reportados pelo periodista está o chamado “PetroChina”, em que houve a descoberta de que o governo do Equador – durante a gestão Rafael Corrêa – teria começado a comercializar barris de petróleo por valores abaixo do praticado pelo mercado ao governo chinês.
Villavicencio ficou exilado e passou por um período no Peru. Após um tempo fora do país, voltou e candidatou-se a deputado.
Prisões
Seis pessoas foram presas horas depois do crime. Além da morte de Fernando, uma candidata à Camara dos Deputados e dois policiais ficaram feridos.
O Gabinete de Segurança do Equador já se manifestou e afirmou que irá investigar os motivos que levaram ao assassinato.
Nas pesquisas recentes, Villavicencio aparecia entre quarto e quinto colocado. Mesmo não sendo um dos favoritos para ser eleito o novo mandatário equatoriano, o caso teve a manifestação do Itamaraty. O Ministério das Relações Exteriores do Brasil expressou sua “consternação” e manifestou confiança de que os responsáveis serão punidos.
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