O primeiro passo para comprar uma arma de fogo no país é fazer o requerimento na Polícia Federal. Porém, em 2023 o número de requerimentos despencou em relação aos anos anteriores. E, além disso, o número de processos autorizados também é o menor dos últimos anos.
Dados da Polícia Federal analisados pelo portal IBandRN revelam que 2020 foi o ano com mais requerimentos – quando foram feitos 2.118 requerimentos de compra de armas de fogo. Ao final do ano, 2.053 foram autorizados. Portanto, 96% dos pedidos de compra foram deferidos.
Contudo, estes dados tiveram uma drástica mudança em 2023. O número de requerimentos foi o menor desde que estes pedidos passaram a ser controlados pela Polícia Federal – foram 92 requerimentos de compra. E menos da metade foram aprovados – 41 receberam autorização e 51 foram reprovados. Isso significa que apenas 41 cidadãos foram autorizados a comprar uma arma.
A queda fica muito evidente entre os anos de 2022 e 2023 – ano em que muda a administração do Governo Federal. O Governo Lula prometeu, durante a campanha, endurecer as regras e isso surtiu efeito já no primeiro ano. Em 2022 foram feitos 1.208 requerimentos e 86,5% deferidos. Foram 92 pedidos em 2023 (44% aprovados). Na prática, isso representou uma queda de 96% no número de requerimentos aprovados entre 2022 e 2023.
O cenário é o mesmo para ‘registro de armas de fogo’
Após conseguir a autorização para compra da arma, um novo requerimento é feito à Polícia Federal, o de registro de arma de fogo. O número de pedidos de registro teve queda de 95,7% entre 2022 e 2023, enquanto o número efetivo de registros feitos caiu 95,9%.
Ao todo, o Rio Grande do Norte teve apenas 252 requerimentos (de todos os tipos: pedidos de compra, de registro, de porte, de transferência ou de segunda via) de cidadãos em 2023. Enquanto em 2022, os requerimentos somaram 2.809 pedidos. Em 2021, a PF recebeu 4.444 requerimentos.