A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou na última sexta-feira (30) a ativação da bandeira tarifária vermelha para o mês de setembro em todo o Brasil, impactando diretamente o Rio Grande do Norte. Com essa medida, haverá um acréscimo no custo da energia elétrica, afetando tanto residências quanto empresas.
A bandeira vermelha, que não era ativada desde agosto de 2021, durante uma crise hídrica, traz um aumento de R$ 7,88 a cada 100 kWh consumidos. Para uma residência média na zona urbana, cujo consumo varia entre 150 kWh e 200 kWh, o impacto será considerável, elevando as contas de energia.
A decisão de retornar à bandeira vermelha se deve à seca na região Norte do país, que reduziu a capacidade de geração das usinas hidrelétricas. Com a diminuição da produção de energia renovável, especialmente nos horários de pico, as usinas termelétricas, mais caras, foram acionadas para suprir a demanda.
Em julho, o estado havia sido afetado pela bandeira amarela, após 26 meses de bandeira verde, o que já havia elevado o custo da energia. Em agosto, a bandeira verde foi retomada, mas, agora, com a bandeira vermelha, o custo adicional retorna.
Em março deste ano, a Aneel aprovou uma redução nos valores das bandeiras tarifárias, ajustando os custos de acordo com as condições dos reservatórios. A bandeira vermelha patamar 1, por exemplo, teve uma redução de 31% e agora custa R$ 4,46 a cada 100 kWh. Já a bandeira vermelha patamar 2, com condições muito desfavoráveis, sofreu uma redução de 20%, custando R$ 7,87 a cada 100 kWh.
O aumento no custo da energia elétrica reforça a importância do uso consciente da eletricidade, especialmente em momentos de crise hídrica, onde os custos de geração são mais elevados. A medida adotada pela Aneel visa assegurar a estabilidade do sistema elétrico nacional em meio a condições adversas de geração de energia.