A medalha de bronze de Diogo Soares na disputa individual geral masculina do Campeonato Pan-Americano de ginástica artística garantiu, nesta sexta-feira (4), mais uma vaga ao Brasil na Olimpíada de Tóquio (Japão). A competição é realizada no Parque Olímpico do Rio de Janeiro.
Entre os homens, a ginástica brasileira já tinha quatro vagas, devido à classificação da equipe masculina no Mundial de 2019, na Alemanha. Caio Souza, que conquistou o ouro nesta sexta-feira, fez parte daquela seleção, assim como Arthur Zanetti, Arthur Nory e Francisco Barreto. Por isso, o resultado dele não foi considerado para colocação olímpica.
Com isso, as vagas masculinas do Pan ficaram com os Estados Unidos, graças à medalha de prata de Paul Juda, e com o Brasil, devido ao bronze de Diogo. Apesar de a classificação ser do país e não do atleta, a Confederação Brasileira de Ginástica (CBG) deve oficializar o paulista de 19 anos como um dos cinco integrantes da delegação em Tóquio.
“Eu sonhei com esse resultado, estava com dificuldade para dormir por conta da ansiedade. Por incrível que pareça, foi 95% igual ao meu sonho. Foi maravilhoso, não tem nem como explicar a felicidade que sinto agora. Muito tempo sem competição, fiz exatamente o que precisava. Não vou sair daqui achando que poderia ter feito mais, porque para mim foi um dia perfeito”, disse Diogo após a medalha, conforme nota da confederação.
O Pan marcou a estreia de Diogo pela seleção principal. O paulista de 19 anos foi medalhista de prata (barra fixa) e de bronze (geral) nos Jogos Olímpicos da Juventude em 2018, em Buenos Aires (Argentina).
No sábado (5), as ginastas da seleção feminina disputam uma das duas vagas olímpicas a serem distribuídas no Pan. Das cinco representantes no Parque Olímpico, somente Flávia Saraiva está garantida em Tóquio, via Mundial de 2019. Jade Barbosa, por sua vez, torceu o joelho esquerdo no treino de quinta-feira (3) e não poderá competir. O Canal Olímpico do Brasil transmite a competição ao vivo a partir das 9h10 (horário de Brasília).
Rebeca Andrade, Lorrane Oliveira e Christal Bezerra estão na briga pela vaga, que, se conquistada, é destinada ao país. Ou seja: mesmo que uma determinada atleta seja a responsável pela classificação, pode não ser exatamente ela a representante nos Jogos (embora esta seja a tendência da CBG, como no masculino).