A estratégia de internacionalização do Carnatal começou a surtir efeito ainda durante a edição deste ano. Operadores responsáveis pelo evento já contabilizam o interesse crescente de turistas do Mercosul para 2026, resultado direto de uma ação inédita promovida pela Empresa Potiguar de Promoção Turística (Emprotur). Durante três dias, representantes do setor avaliaram o nível de satisfação e a capacidade do evento de atrair visitantes estrangeiros, especialmente após a experiência completa oferecida a três operadores argentinos — país que lidera o envio de turistas ao Rio Grande do Norte.
“O Carnatal além de ser um dos maiores eventos de entretenimento do Brasil, também, é um produto turístico estratégico do Rio Grande do Norte”. A declaração do presidente da Emprotur, Raoni Fernandes, resume o impacto da participação oficial do governo no evento, que segundo ele abriu portas inéditas para negociações com operadoras nacionais e internacionais e ampliou a visibilidade do estado como destino turístico consolidado.
Raoni destaca que o Carnatal passa a ocupar uma nova posição no diálogo com o trade turístico. O evento, afirma, funciona como vitrine para atrair viajantes que, ao comprarem o ingresso, passam a consumir também hotelaria, gastronomia e experiências em destinos como Pipa, Maracajaú e São Miguel do Gostoso, além de vivenciarem a própria festa.
“Para nós da Emprotur e do governo do Rio Grande do Norte, o Carnatal, pela sua trajetória, pelo seu histórico de relacionamento com o Brasil através de artistas de renome nacional e internacional, ele por si só tem o poder de atrair o interesse, o desejo de foliões de todo o Brasil. E a nossa participação, quando a gente decide apoiar e patrocinar o Carnatal através da Emprotur, é no intuito primeiro de conectá-lo com as principais operadoras e companhias aéreas nacionais, para que o Carnatal passe a dialogar com a indústria do turismo nacional e até internacional.”, explica o presidente.
Raoni lembra que essa mudança de posicionamento tem efeitos práticos. “E o que significa isso? Significa que o turista, o viajante, que é impactado pelo Carnatal, pelas redes sociais, pelos artistas, pela TV; ele se interessa a vir para o Rio Grande do Norte, ele acessa uma companhia aérea, acessa uma página e adquire o seu ingresso, vem para o Carnatal, usufruir da festa e volta. Isso, por si só, já é turismo, mas a indústria do turismo é mais ampla que isso.”.
Segundo o dirigente, pela primeira vez o Carnatal passa a ser tratado como produto turístico pelas operadoras. “E a partir da intervenção da Emprotur, isso passa a acontecer e aí a operadora, com todos os seus agentes de viagens, passa a dialogar com um conjunto de turistas do Brasil inteiro sobre a experiência de comprar o ingresso do Carnatal para viver a experiência do evento, mas também usufruir de um bom hotel, de bons restaurantes, passar mais noites no destino, passar três noites em Pipa, passar duas noites em São Miguel do Gostoso, fazer um mergulho em Maracajaú, enfim, curtir toda a diversidade que o Rio Grande do Norte tem a oferecer.”.
A intenção, reforça ele, é ampliar não só o fluxo de visitantes durante o período da festa, mas também a permanência e o engajamento desses turistas com outros atrativos do estado, aumentando as chances de retorno e de recomendação.
Com esse objetivo, a Emprotur realizou, em parceria com o Carnatal, uma ação especial que trouxe ao Rio Grande do Norte três operadores argentinos para vivenciar a experiência completa do destino. “E aí eles saíram daqui encantados, eles fizeram passeio de bugue, foram à Pipa, foram a São Miguel do Gostoso. Eles viveram boa parte da experiência que o Rio Grande do Norte tem a oferecer e viveram uma das noites do Carnatal. Eles saíram encantados e com certeza isso repercutirá na Argentina para os próximos anos do evento. É uma tentativa, eu diria, uma frente criada pelo governo do estado para que o Carnatal acesse os mercados internacionais pouco a pouco.”.
Com esta iniciativa, o governo estadual aposta em uma nova fronteira de expansão para o evento, mirando principalmente a consolidação do Carnatal como produto turístico competitivo também no cenário internacional.






















