Uma sequência de abalos sísmicos de baixa intensidade vem sendo detectada nas proximidades de Carnaubais, no interior do Rio Grande do Norte, desde a madrugada da última quinta-feira (24), segundo informações do Laboratório Sismológico da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (LabSis/UFRN).
Responsável pelo monitoramento das estações da Rede Sismográfica Brasileira (RSBR) na região Nordeste, o laboratório já contabilizou mais de 20 tremores nos últimos dois dias. O evento mais recente foi registrado na madrugada desta sexta-feira (25), às 4h58, com magnitude de 1.6 na escala Richter. O abalo mais significativo da série ocorreu na noite anterior, às 19h28, alcançando magnitude preliminar de 3.0. Até o momento, não há relatos de que os tremores tenham sido percebidos pela população local.
Gilberto Leite, coordenador da RSBR, explicou que tremores como esses são comuns em determinadas regiões do país, especialmente no Nordeste. Segundo o sismólogo, “esses pequenos sismos são de origem natural e ocorrem devido à liberação de esforços acumulados na crosta terrestre.”
Ele também destacou que os impactos de um terremoto variam conforme diversos fatores. “Os efeitos de qualquer terremoto vão depender de muitos fatores. Dentre esses, podemos citar a distância do epicentro, a magnitude, a profundidade, a geologia local da região e as condições das construções civis. Contudo, eventos desta magnitude não devem causar nenhum efeito”, esclareceu o especialista.
Monitoramento constante
A Rede Sismográfica Brasileira é coordenada pelo Observatório Nacional (ON/MCTI) e conta com apoio do Serviço Geológico do Brasil (SGB/CPRM). Com quase 100 estações espalhadas por todo o país, a RSBR realiza o monitoramento contínuo da atividade sísmica em território nacional. Os dados coletados são essenciais para aprofundar o conhecimento sobre a estrutura interna da Terra.
As estações que compõem a rede são operadas por instituições como o Centro de Sismologia da Universidade de São Paulo (USP), o Observatório Sismológico da Universidade de Brasília (Obsis/UnB), o LabSis/UFRN e o próprio Observatório Nacional.