Uma das marcas de cerveja mais conhecidas do mundo, a Budweiser, se tornou alvo de um boicote nos Estados Unidos.
A polêmica começou após uma ação publicitária da cerveja Bud Light com uma influenciadora trans. Dylan Mulvaney, que tem mais de 10 milhões de seguidores nas redes sociais, exibiu algumas latas que foram personalizadas com o rosto dela.
Foi o suficiente para as reações de grupos conservadores, que lançaram campanhas para boicotar a cerveja – a mais vendida nos Estados Unidos. A ação ganhou corpo e muitos bares e restaurantes deixaram de vender o produto.
Revoltado, o músico Kid Rock usou um fuzil semiautomático para metralhar caixas de Bud Light. Até uma fábrica da Budweiser em Los Angeles sofreu uma amaça de bomba.
Nos últimos sete dias as vendas da Bud Light nos Estados Unidos caíram 17%. Desde o início do boicote, a empresa perdeu R$ 30 bilhões em valor de mercado.
Depois do prejuízo, a Budweiser demitiu os diretores de marketing e lançou um novo comercial defendendo o que chama de “valores americanos”.
Não é a primeira vez que uma grande empresa vira alvo da ira de conservadores. No começo do ano, a Mars, que produz o chocolate M&M’s, foi criticada por lançar um pacote com confetes nas cores verde, roxo e marrom. A intenção era valorizar as conquistas das mulheres nas últimas décadas.
Movimentos contra a diversidade de gênero também se espalham pela política americana. Mais de 600 projetos considerados anti LGBTQIA+ foram propostos nesse ano em diferentes partes dos nos Estados Unidos.
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