A chuva de meteoros Líridas, que acontece todo ano neste mês, atingirá seu pico nesta segunda (22). Ou seja, existe a chance de mais luzes cruzarem o céu a partir desse momento. O melhor momento de observação será entre 3h e 4h da madrugada, quando a Constelação da Lira, cuja estrela mais brilhante é Vega, já estará alta no horizonte norte, e é justamente a partir desse ponto no céu que os meteoros lirídeos parecerão surgir. Um app de observação, como Stellarium, Star Walk, Star Chart, Sky Safari ou SkyView, pode ajudar a encontrar Vega e a constelação.
O brilho da Lua quase cheia que aparecerá na mesma noite pode dificultar a visualização dos rastros luminosos, mas isso não está 100% descartado.
Ao contrário de um eclipse solar (visto recentemente nos céus do Canadá, Estados Unidos e México), não é necessário nenhum equipamento especial, como óculos com proteção contra raios UV, para ter chances de observar uma passagem de meteoros.
Basta que as condições meteorológicas estejam favoráveis e o local esteja o mais escuro possível. A Líridas costuma ser mais intensa no Hemisfério Norte, onde passam entre 10 e 20 meteoros por hora.
No Brasil, quanto mais ao norte a pessoa estiver, maior chance terá de acompanhá-la.
O que é a Líridas
Os rastros luminosos são gerados por resquícios do cometa Thatcher (C/1861 G1), que orbita o Sol a cada 415 anos.
Ao cruzar essa órbita durante o movimento que realiza ao redor do Sol, a Terra fica mais próxima da trilha de pequenas rochas e poeira espacial deixadas pelo Thatcher em passagens anteriores.
Quando esses fragmentos entram na atmosfera do nosso planeta em altíssima velocidade, gera-se o fenômeno luminoso – os maiores e mais brilhantes são chamados de bólidos. Os que explodem no céu, iluminando o entorno com luz branca ou colorida, são conhecidos como bolas de fogo (fireballs).
Em geral, os meteoros são inofensivos. Os fragmentos espaciais se desintegram antes de atingir o solo. Contudo, quando eles resistem ao processo e cai no chão, são chamados de meteoritos.
Uol