A recuperação da Ponte de Igapó já alcançou 75% de avanço, e a previsão é que os trabalhos sejam concluídos em maio deste ano, conforme informado pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT). No entanto, a liberação do tráfego está prevista para ocorrer até o final de abril, enquanto as fases finais da obra seguirão na parte inferior da estrutura.
Na última quinta-feira (9), o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Rio Grande do Norte (Crea/RN) realizou uma inspeção no local para avaliar o andamento da reforma e os desafios enfrentados pela equipe de engenharia. A visita contou com a presença do presidente do Crea/RN, Roberto Wagner, além de conselheiros e membros da diretoria de fiscalização.
Entre as principais preocupações está o grau de deterioração da ponte, que foi classificado como nível 2, um estágio considerado crítico e próximo de um colapso estrutural. Estudos realizados anteriormente pelo DNIT apontaram uma situação semelhante à da ponte que desabou na divisa entre Maranhão e Tocantins, exigindo intervenções emergenciais e mais complexas do que o inicialmente planejado.
Obstáculos técnicos na reforma
A obra enfrenta desafios como a influência da maré e a complexidade das correções estruturais. O processo de recuperação dos pilares incluiu a remoção do concreto danificado, o tratamento da estrutura metálica e a aplicação de uma nova camada de concreto, um procedimento que requer mais tempo devido à umidade do local.
Além disso, a troca das borrachas de neoprene nos vãos intermediários exigiu que a ponte fosse erguida com macacos hidráulicos, um procedimento delicado realizado em sua base. A variação da maré também afetou o ritmo da obra, em alguns momentos obrigando a suspensão dos serviços.
Bloqueios e recursos investidos
Com um orçamento de aproximadamente R$ 30 milhões, a restauração da Ponte Presidente Costa e Silva, conhecida popularmente como Ponte de Igapó, teve início em setembro de 2023. O primeiro trecho a receber as intervenções foi o do sentido zona Norte/Centro, e agora os trabalhos se concentram no sentido Centro/zona Norte, resultando na interdição parcial da via. Durante a execução da obra, o fluxo de veículos foi transferido para a pista oposta, que passou a operar em mão dupla.