O cenário climático atual indica a formação do El Niño e o fortalecimento gradual dele entre o fim do outono e o inverno. A informação foi confirmada pelo Centro de Previsão Climática da Administração Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos (NOAA). Em abril deste ano, o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) já havia alertado sobre a possível chegada do fenômeno em poucos meses. Mas, o que é o fenômeno El Niño e como ele interfere no clima brasileiro?
O El Niño é caracterizado pelo aquecimento anormal e persistente da superfície do Oceano Pacífico na região da Linha do Equador, podendo se estender desde a costa da América do Sul até o meio do Pacífico Equatorial.
Normalmente, o El Niño começa a se formar no segundo semestre do ano. No período de atuação do fenômeno, as águas ficam, pelo menos, 0,5°C acima da média por um longo período de tempo, quase sempre variando entre seis meses a dois anos.
Impactos do El Niño
A cientista do Centro de Previsão Climática da NOAA, Michelle L’Heureux alerta para os efeitos negativos do fenômeno. “Dependendo da força, o El Niño pode provocar uma série de impactos, como o aumento das chuvas fortes e secas, em determinados locais do mundo. O fenômeno pode, por exemplo, trazer novos recordes de temperatura em áreas que já experimentam valores acima da média”, ressalta Michelle.
No Brasil, o El Niño aumenta o risco de seca na faixa norte das regiões Norte e Nordeste e de grandes volumes de chuva no Sul do País. Vale lembrar que um único episódio do fenômeno não será capaz de provocar todos os impactos, mas aumenta consideravelmente as chances de ocorrência deles.
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