Uma visita técnica ao Complexo Cultural da Rampa, coordenada pela Secretaria de Estado da Infraestrutura do RN, foi realizada na manhã da segunda-feira (22), reunindo o secretário da SIN, Gustavo Coelho; a secretária de Turismo do RN, Aninha Costa; o superintendente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional no RN (Iphan/RN), Jorge Cláudio Machado; o superintendente do Patrimônio da União no Rio Grande do Norte (SPU/RN), Rômulo Campos; o arquiteto da Setur, Carlos Ribeiro Dantas, além de engenheiros, técnicos e assessores. Durante a vistoria, foi verificado o que falta para a conclusão da obra, programada para dezembro deste ano.
De acordo com o secretário de Infraestrutura, Gustavo Coelho, 80% dos serviços já foram executados, faltando apenas a construção de dois píeres e de um deck, além de detalhes nos prédios que abrigarão o Museu da Rampa e o Memorial do Aviador, como instalação de luminárias, pintura, instalação e ajustes de esquadrias. Na próxima quinta-feira (24), está programada a chegada de 70 estacas-prancha, vindas de Recife (PE), para a edificação de base das estruturas que avançarão pelo rio Potengi.
O Complexo Cultural da Rampa terá 2.800 m² de área construída, salas para exposições, bar, café, loja de lembranças e souvenires, banheiros, mirante, píeres e deck. Após a conclusão e entrega da obra por parte da Secretaria de Infraestrutura, o local será gerido pela Secretaria Estadual de Turismo, que ficará responsável inclusive pelo acervo. São dois prédios principais: o Museu da Rampa, propriamente dito, e o Memorial do Aviador. No primeiro, ficará exposto material referente a participação de Natal na Segunda Guerra Mundial. Já o segundo espaço será dedicado a participação de Natal na criação do Correio Aéreo da América Latina.
A obra da Rampa teve orçamento inicial de R$ 7,6 milhões, com recursos do Ministério do Turismo, e contrapartida inicial do Estado de R$ 1 milhão. Por ter iniciado em 2013, e não ter sido entregue até então, foi necessário um reajustamento de R$ 1,4 milhão, a cargo do Estado.
BREVE HISTÓRICO
O prédio da Rampa foi repassado pela União para o Estado em 2009. Em 2011, a então gestão estadual, através da Secretaria de Turismo, apresentou um projeto para transformar o local em um complexo cultural. As obras começaram em 2013, mas no ano seguinte, aconteceu a primeira de duas paralisações que, juntas, somaram três anos. Essas paralisações ocorreram em função de problemas em projetos entregues inicialmente; que continuaram a ocorrer mesmo depois de realizadas as correções necessárias. Os projetos precisaram ser refeitos, bem como os orçamentos apresentados até então, para que pudesse ser tomado o curso normal de execução da obra.
2017, os trabalhos foram retomados; e a obra chegou a ser inaugurada, no ano seguinte, pela gestão estadual anterior, com apenas 55% dos serviços concluídos. Porém, nunca funcionou de fato. O Governo da professora Fátima Bezerra seguiu com os trabalhos, mas ano passado teve que paralisar a obra por falta de recursos para acerto dos reajustes previstos a cada fatura – que somam mais de 40%. Mas o Estado já equacionou o problema e todas as parcelas relativas ao reajustamento estão pagas, e as futuras parcelas estão programadas, de modo a garantir a conclusão do Complexo Cultural da Rampa até o mês de dezembro deste ano.