O ex-prefeito de Natal, Carlos Eduardo (PSD), que terminou em terceiro lugar no primeiro turno das eleições municipais deste ano, declarou sua neutralidade no segundo turno da disputa pela prefeitura da capital potiguar. Em coletiva de imprensa realizada na sede do PSD na tarde desta sexta-feira (11), ele recomendou que seus eleitores votem de acordo com a própria “consciência”.
O segundo turno, que ocorrerá no próximo dia 27 de outubro, será disputado entre Paulinho Freire (União Brasil) e Natália Bonavides (PT).
Durante a coletiva, Carlos Eduardo revelou ter mantido conversas com a governadora Fátima Bezerra (PT) e o deputado federal Fernando Mineiro (PT), mas afirmou que não foi convencido a apoiar Natália Bonavides. Além disso, mencionou ter tido contato com interlocutores de Paulinho Freire, sem indicar apoio a nenhum dos candidatos.
O ex-prefeito, que não conseguiu avançar para o segundo turno, atribuiu sua derrota a uma campanha de desconstrução promovida por Paulinho Freire. “Eles começaram uma campanha de desconstrução de imagem, e eu não tinha como enfrentar com 8 inserções diárias e 1 minuto de programa. A campanha do candidato do União Brasil foi uma campanha de fake news, mentira, distorção de fatos, uma campanha de desconstrução de imagem. E isso atingiu, porque a gente não teve como reagir, não tinha tempo de reagir. Toda essa campanha nos leva a estar justificando essa posição”, desabafou Carlos Eduardo.
O ex-prefeito também destacou a postura de sua adversária Natália Bonavides, afirmando que sua campanha foi mais propositiva em comparação à de Paulinho Freire. “A campanha da candidata não teve uma coisa sistemática, literal. Teve críticas pontuais, mas não foi… Ela apresentou propostas, e tudo o mais. Diferente do outro candidato, em que o marketing se dedicou mais a uma campanha de desconstrução através da mentira, através da fake news e tudo o mais”, disse ele, referindo-se à estratégia adotada por Freire. “A gente simplesmente ficava com as mãos atadas, porque eram 8 inserções contra 49”, completou.
Com essa posição, Carlos Eduardo deixou claro que seguirá neutro no segundo turno, pedindo apenas que seus eleitores votem com base em suas convicções pessoais.