Com a proximidade do Dia das Mães, o comércio potiguar se prepara para um dos períodos mais lucrativos do ano. De acordo com pesquisa realizada pelo Instituto Fecomércio RN (IFC), a data deve injetar cerca de R$ 589 milhões na economia do Rio Grande do Norte, somando gastos com presentes e confraternizações familiares.
Em Natal, o consumo estimado é de R$ 195,9 milhões, o que representa um crescimento de 12,1% em relação a 2024. Já em Mossoró, a movimentação esperada é de R$ 37,9 milhões — alta de 12,8%.
O levantamento revelou também que 76,2% dos natalenses pretendem presentear neste Dia das Mães, com um gasto médio de R$ 177,01 por consumidor. Em Mossoró, 69,2% afirmaram intenção de comprar presentes, o maior índice desde 2021, e o ticket médio local chegou a R$ 157,37 — o maior já registrado na cidade.
Entre os fatores que impulsionam as compras, o carinho superou a tradição como principal motivação em Natal: 65,1% disseram que irão às lojas movidos por afeto, enquanto 33,5% seguem a tradição. Em Mossoró, essa tendência também se confirma: 63,4% citaram o afeto como razão principal para o presente.
Os shoppings seguem como o principal local de compras em Natal (47,9%), mas em Mossoró o comércio de rua lidera (51,1%). O cartão de crédito é o método de pagamento mais utilizado nas duas cidades — 45,9% em Natal e 56,9% em Mossoró.
Além dos presentes, os almoços em família continuam sendo uma tradição forte. Em Natal, 60,5% dos consumidores planejam celebrar com um almoço, principalmente em casa ou na residência de parentes. O gasto médio com comemorações subiu de R$ 171,05 para R$ 198,93. Em Mossoró, 17,2% optarão por restaurantes — o maior índice desde 2019 —, com um gasto médio de R$ 152,54.
Apesar da expectativa de aumento nos preços para 79,5% dos consumidores em Natal e 83,5% em Mossoró, o otimismo predomina. Mais de 40% dos natalenses dizem estar em melhor situação financeira do que há um ano, e 72,1% dos mossoroenses estão confiantes na economia local.
Segundo o presidente do Sistema Fecomércio RN, Marcelo Queiroz, “a movimentação robusta e os indicadores de otimismo revelam um mercado em recuperação, ainda que desafiado pelo endividamento e pela percepção de alta de preços.”
A pesquisa foi realizada entre abril e maio de 2025, com 1.000 entrevistas presenciais com consumidores a partir dos 18 anos — sendo 600 em Natal e 400 em Mossoró.