Impasse para início da engorda de Ponta Negra gera um custo diário de 500 mil e a obra pode ficar para 2025. O obstáculo para começar o serviço se dá pela falta da Licença de Instalação e Operação. A empresa contratada, DTA Engenharia, espera esta última etapa para iniciar o trabalho de aumento da faixa de areia em Ponta Negra. O documento é emitido pelo Instituto de Desenvolvimento Sustentável do Meio Ambiente (IDEMA).
A empresa que ganhou a licitação para realizar a obra já encaminhou equipamentos e materiais para o local da obra. Inclusive um navio de grande porte conhecido como “draga”. Esse navio tem papel fundamental, pois ele que irá fazer a sucção de um banco de areia localizado a 7km da costa de Natal. Vale ressaltar que, a draga ancorada em Natal até sexta (5), a espera do LIO, após esse prazo o equipamento será transferido para outra cidade.
Atrelado a esse impasse se gera um problema, o custo operacional diário da embarcação que já está em Natal é de R$500 mil. O orçamento estimado para essa obra é de R$73,7 milhões. Segundo o IDEMA, a licença já está sob análise multidisciplinar, mas não há prazo para ser concluída, apesar da justiça ter determinado prazo de 120 dias para a entrega desse documento. Além disso, está atrelado ao valor os custos de referentes a rebocadores, guindastes flutuantes, embarcações de apoio, tubulações rígidas e flexíveis, mangotes de borracha, ball joints, poitas/ancoragens e vários tratores e máquinas para operação em terra durante o despejo na praia.
A dificuldade para iniciar a grande obra em Ponta Negra em virtude da liberação dessa licença do IDEMA pode prolongar o início da obra para 2025, porque só é permitido que a obra aconteça entre o período dos meses de julho a outubro, esse intervalo de tempo é chamado de “janela ambiental”. Nesse sentido, após esses meses Natal começa a receber animais de migração, como aves e animais e, principalmente, animais aquáticos, por conta disso, durante esse período não é possível ser realizado obras dessa magnitude na região. “A outra opção seria deixar para julho do ano que vem, o que é um absurdo, porque nós comprometeríamos demais o Morro do Careca com o processo erosivo”, esclarece o secretário de Meio Ambiente e Urbanismo de Natal, Thiago Mesquita
A obra de engorda de Ponta Negra visa melhorar o espaço da faixa de areia que, atualmente, é prejudicado quando a maré está alta ocorrendo da água chegar com facilidade até as pedras que formam uma barreira próximo ao calçadão, o que ocasiona um problema para o turismo da cidade, já que o banhistas deixam de circular pela praia e consequentemente a economia local é afetada.
A estimativa é que após concluída a faixa de areia, em maré baixa, vai ter um espaço de 100 metros de distância da água até as pedras do calçadão. Assim, melhorando a circulação de turistas e auxiliando aos comerciantes que trabalham pelo entorno da praia.