Alarmes de ataque aéreo ecoaram nas fronteiras com o Líbano e Gaza neste 45º dia de guerra. O Hezbollah disparou 25 mísseis, a maioria interceptada, mas um deles atingiu uma base militar na Galileia.
As cidades israelenses ao norte estão desertadas, os seus habitantes deslocados para o centro e o sul de Israel. As escolas da área de Tel-Aviv e Jerusalém reabriram para aulas nesta segunda-feira pela primeira vez desde o massacre de 7 de outubro.
No domingo, as FDI (Forças de Defesa de Israel) divulgaram um vídeo de uma seção de 55 metros de um túnel a 10 metros abaixo do Al Shifa, reforçando a denúncia de que o Hamas operava dentro do hospital. Num segundo vídeo, vê-se um dos reféns tailandês sendo conduzido pelos corredores.
Os israelenses estão cercando o Hospital Indonésio em Gaza, e pedem a sua evacuação. “Não evacuaremos o Hospital Indonésio até a retirada da última pessoa ferida”, disse o porta-voz do ministério da Saúde do Hamas, Dr. Ashraf al-Kodra.
O chefe da Organização Mundial da Saúde se disse “chocado” com um ataque ao Hospital Indonésio, na semana passada. Segundo ele, 12 pessoas, incluindo pacientes, foram mortas. “Os profissionais de saúde e civis nunca deveriam ser expostos a tal horror, especialmente dentro de um hospital”, disse ele na plataforma de mídia social X.
A Anistia Internacional acusou Israel de cometer crimes de guerra em dois ataques separados em Gaza nos dias 19 e 20 de outubro, em que morreram 46 civis, incluindo 20 crianças. Um prédio atingido foi o de uma igreja onde centenas de civis buscavam refúgio. O outro foi uma casa no campo de refugiados de al-Nuseirat, no centro de Gaza.
As negociações indiretas para a libertação dos 240 reféns do massacre de 7 de outubro estariam perto de uma conclusão, como revelou no domingo o assessor de Segurança Nacional dos EUA, Jon Finer. Mas ele alertou: “Nada foi acordado até que tudo seja aceito” (por Israel e Hamas). Pelo que vazou do acordo em construção, 50 mulheres e crianças sequestrados pelo Hamas seriam trocados por 50 mulheres e crianças palestinos detidos em Israel. Mas, para tanto, deverá ser proclamado um cessar-fogo de cinco dias.
Band