Perder peso nunca é fácil. E quando alguém decide emagrecer, existem diversas maneiras – muitas saudáveis e muitas não. Recentemente, a dieta do sexo voltou a tona após algumas famosas garantirem que conseguem perder peso em uma maratona sexual. Mas, será que isso realmente funciona?
O que é a dieta do sexo?
A proposta é que a transa ajude a emagrecer. E isso não envolve levantamento do peso ou horas na academia. A dieta do sexo consiste em ter relações intensas por cerca de cinco horas direto entre três e quatro vezes por semana. Não existe um consenso sobre quantas calorias podem se perder ao longo das maratonas sexuais, mas fala-se em 8 mil a cada três horas.
Entretanto, Tamara Zanotelli, sexóloga, terapeuta sexual e tântrica, membro da ABRASEX (Associação Brasileira dos Profissionais de Saúde, Educação e Terapia Sexual) explica que não é bem assim. Emagrecer transando, pode ser mais difícil e perigoso do que se imagina, e a especialista ainda alerta: “Uma relação de cinco horas não consegue gastar tantas calorias quanto as pessoas dizem”.
Afinal, por que a dieta do sexo virou moda?
A dieta do sexo é antiga e há muitos anos as famosas já falam sobre isso. Kim Kardashian, Cameron Diaz, Kate Hudson e Pamela Anderson são algumas adeptas da prática. No entanto, para a sexóloga, não é uma coisa muito comum para pessoas com rotinas intensas de trabalho e família. “Requer muito tempo para se dedicar as práticas sexuais”, explica. As atrizes de Hollywood garantem que conseguiram bons resultados com a técnica, no entanto, isso está longe de ser uma unanimidade.
Quais os riscos da dieta do sexo?
É uma dieta que envolve muitos riscos, principalmente para a área intima. A sexóloga explica: “Se em uma relação de até 20 minutos, o homem e a mulher já podem sofrer com fissuras na região, imagine o quanto isso pode aumentar durante três horas ou mais de sexo. É preciso ter cuidado. Afinal, é uma dieta com muitos riscos e nem todo mundo fala”.
Escoriações ou microfissuras na região íntima da mulher, infecções, além de possivelmente causar ardência e desconforto após a prática, são alguns dos problemas. Além disso, existe uma preocupação dos especialistas, que o sexo se torne uma obrigação, com tantas regras e horários, e deixe de ser algo prazeroso e divertido.
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Há quem diga que o mundo gira em torno dele. Verdade ou não, ninguém discute que, além de perpetuar a espécie, o sexo é a grande fonte de prazer da humanidade. E, mais do que isso, quem se dedica a prática, libera hormônios prazerosos na corrente sanguínea, que são capazes de gerar sensações de bem-estar.
No entanto, perder a conexão com o próprio corpo e o parceiros, com as fantasias, os desejos, a excitação e o orgasmo é um risco que se corre. Entretanto, a especialista explica que se a pessoa gosta da prática, pode fazer sexo e, consequentemente, perder peso. Mas usá-la só para isso é perigoso.
Existe algum meio-termo saudável?
Fazer sexo traz muitos benefícios. Isso porque, além da sensação de bem-estar, tranquilidade e alegria, pode melhorar a qualidade do sono, a imunidade e promove a liberação de antioxidantes, além dos benefícios que traz nas relações de casal.
Para a terapeuta sexual, existe um meio-termo saudável chamado de dieta do prazer — onde a pessoa não precisa ficar tantas horas dedicada a prática. “Toda relação saudável de sexo, em cerca de 30 minutos, já tem um bom gasto calórico. E isso já contribui com a perda de peso”, explica.
Existem pesquisas que relatam um gasto calórico médio de 3,1, por minuto, para as mulheres e de 4,2 para os homens. Considerando relações que duram cerca 30 minutos, o estudo apresenta um gasto de 90 calorias para elas e de 120 para eles. Atividades físicas como andar de bicicleta, ou corrida, por exemplo, queimam até 350 calorias no mesmo tempo.
Neste Dia do Sexo, a médica ainda deixa um recado para melhorar a saúde sexual. “Aproveite essa data e dedique tempo a pensar e fantasiar coisas que você gosta envolvendo sexo. Principalmente, lembre de você sentindo prazer. Sintam-se poderosas e poderosos”, conclui.
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