Apesar de o cartão de crédito continuar sendo o mais utilizado, com 86,8% do total de endividados nessa modalidade em janeiro, houve queda de 1 ponto percentual no comparativo com janeiro do ano passado e 0,4 ponto percentual perante dezembro. É o que revela a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), realizada mensalmente pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).
O economista-chefe da CNC, Felipe Tavares, ressalta que o uso consciente do cartão de crédito é importante para um mercado de crédito saudável e sustentável, já que essa modalidade apresenta a maior taxa de juros entre as opções de crédito e apresenta o maior nível de inadimplência entre os consumidores, em 53% novembro de 2023 segundo dados Banco Central.
Por outro lado, o crédito pessoal e o crédito consignado avançaram no ano (altas de 1,6 ponto percentual e 0,6 ponto percentual, respectivamente). Um destaque é o financiamento imobiliário, que aumentou 1,4 ponto percentual em relação a janeiro do ano passado, fechando o mês em 8,4% do total, maior percentual desde março de 2022.
Outra constatação da Peic de janeiro é que houve redução de 2,4 ponto percentual nas dívidas em carnês, formato de crédito que esteve em crescimento em 2022 e, em 2023, inverteu a trajetória para uma queda praticamente constante. Em janeiro passado, o gasto em carnês era de 18,6%. No mês passado, foi de 16,2%. “Ainda assim, é a segunda modalidade mais procurada”, reitera Felipe Tavares.