Um novo Boletim InfoGripe divulgado pela Fiocruz nesta quinta-feira (11) acendeu um alerta sobre o aumento de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) em dez estados brasileiros, concentrados principalmente nas regiões Norte, Centro-Oeste e Sudeste. O levantamento aponta que o rinovírus e o Sars-CoV-2 (Covid-19) são os principais impulsionadores do crescimento, afetando sobretudo crianças e adolescentes. No Rio Grande do Norte, o cenário é de atenção, com o estado classificado em nível de alerta.
O cenário nacional
De acordo com os dados da Fiocruz, o Brasil já notificou mais de 172 mil casos de SRAG em 2025. Desses, mais de 91 mil tiveram resultado positivo para algum vírus respiratório. O rinovírus foi responsável por 26,1% dos casos positivos, enquanto o Sars-CoV-2 respondeu por 7,3%. A influenza A (24%) e o vírus sincicial respiratório (VSR, com 44,2%) também continuam a circular, embora este último apresente tendência de queda na maior parte do país.
O crescimento de casos graves associados ao rinovírus, um vírus comumente ligado a resfriados leves, é um ponto de preocupação para as autoridades de saúde, especialmente pela sua incidência em populações mais jovens.
A situação no Rio Grande do Norte
O Rio Grande do Norte está entre as nove unidades da federação que, embora não apresentem uma tendência de crescimento sustentado a longo prazo, registram uma incidência de SRAG em níveis considerados de alerta, risco ou alto risco. Isso significa que, apesar da ausência de uma escalada de casos no momento, o número de internações por síndromes respiratórias permanece elevado e exige monitoramento constante por parte do sistema de saúde local. A vigilância epidemiológica contínua é crucial para identificar qualquer mudança no padrão de circulação dos vírus e garantir uma resposta rápida para proteger a população.