O último Boletim do Observatório Covid-19 organizado pela Fundação Oswaldo Cruz – Fiocruz, foi divulgado nesta quinta (08,) e apontou Natal entre as dez capitais brasileiras que estão fora da zona de alerta na questão do número de ocupação de leitos. De acordo com o levantamento, a média de ocupação dos leitos é de 53%. Além da capital potiguar, Rio Branco (28%), Belém (51%), Macapá (56), João Pessoa (48%), Recife (56%), Maceió (57%), Aracaju (58%), Florianópolis (52%) e Cuiabá (61%) completam o rol de cidades bem posicionadas nesse quesito.
Para os pesquisadores, essa situação se deve ao avanço da vacinação da população. O estudo indicou que o país vacinou mais de 45% da população adulta com pelo menos uma dose de vacina e cerca de 16% com as duas doses. Em Natal, 509.302 doses foram aplicadas até esta quinta-feira, ou seja, mais da metade da população natalense já recebeu ao menos uma dose dos imunizantes disponibilizados.
Esses dados atestam que a pandemia apresenta sinais de regressão em Natal. Nesta quinta-feira (08), nenhum óbito relacionado à doença foi registrado no Município nas últimas 24 horas. Os números atualizados da Coordenação da Rede de Urgência e Emergência da Secretaria Municipal de Saúde mostram que a ocupação dos leitos clínicos atingiu 26%, menor patamar desde o início da pandemia. Já os leitos críticos ocupados no momento chegam a 60%. Entretanto, um ponto positivo precisa ser destacado. Nas Unidades de Pronto-Atendimento da rede municipal de saúde não há nenhum paciente aguardando internação.
“Graças a Deus estamos em uma clara regressão da pandemia na nossa cidade. Aponta uma saída dessa situação difícil que estamos vivenciando. Mesmo com esses bons índices não vamos esmorecer e retroceder. Iremos continuar avançando com a campanha de vacinação na medida em que mais doses forem disponibilizadas. Além disso, a nossa rede de atendimento seguirá com toda estrutura montada para atender a população com qualidade, rapidez e eficiência”, disse o prefeito de Natal, Álvaro Dias.
Apesar dos índices do estudo, apresentando bons resultados nas últimas semanas, a Fiocruz alerta para que as medidas de contenção da pandemia continuem e até sejam ampliadas: “Mesmo com redução expressiva no número de casos, as taxas de incidência de Síndromes Respiratórias Agudas Graves (SRAG) ainda são muito altas em vários estados. Em sua maioria, esses números indicam casos graves de Covid-19”, destaca.