O Conselho Mundial de Automobilismo da FIA (Federação Internacional de Automobilismo) anunciou a aprovação de novas diretrizes para os motores que a Fórmula 1 vai adotar a partir da temporada 2026.
Entre as novidades, as unidades de potência terão mais energia elétrica e adotarão combustíveis 100% sustentáveis. O novo regulamento já havia sido aprovado, mas aguardava apenas por aprovação final.
Os motores de combustão interna continuarão com a configuração dos atuais V6 (seis cilindros dispostos em duas bancadas de três cilindros cada, unidas em um eixo inferior com o formato de um V). Apesar das mudanças, a F1 promete que o regulamento irá evitar grandes discrepâncias entre diferentes fornecedoras, permitindo disputas equilibradas.
A categoria irá abrir mão do MGU-H (sigla para Unidade Geradora Motriz – Calor), que utiliza gases liberados pelos carros para gerar energia elétrica. Desta forma, o sistema que aproveita energia cinética gerada pelas frenagens será mantido e incrementado.
As novidades querem tornar a F1 “atraente para novas fabricantes de unidades de potência”, segundo a própria categoria, o que fortalece os indícios de novas marcas no grid. A Volkswagen é cotada para marcar presença na Fórmula 1 em 2026 com duas de suas marcas, a Porsche e a Audi.
Segundo a Fórmula 1, as diretrizes são resultado de “consulta colaborativa entre a FIA e os atuais e os potenciais fabricantes de unidades de potência”. “As diretrizes pretendem tornar possível e atraente para que novas marcas façam parte do esporte em nível competitivo”, informou a categoria.
“A FIA continua a buscar inovação e sustentabilidade, através de nosso portfólio esportivo. As diretrizes das unidades de potência da Fórmula 1 para 2026 são o mais elevado exemplo desta missão”, declarou Mohammed Bin Sulayem, presidente da FIA.
“A introdução de uma tecnologia avançada de unidades de potência, com combustíveis sintéticos sustentáveis, se alinha com nosso objetivo de entregar benefícios a usuários de carros de passeio e atingir nossa meta de zerar as emissões de carbono até 2030. A Fórmula 1 passa atualmente por um imenso crescimento, e estamos confiantes de que estas diretrizes irão aumentar a empolgação que as mudanças de 2022 têm produzido”, acrescentou.
Mudanças a curto prazo
A Fórmula 1 anunciou ainda mudanças aprovadas pelo Conselho da FIA tanto para 2022 quanto para 2023, em especial para diminuir os efeitos das novidades aerodinâmicas adotadas no mais recente regulamento. Já a partir do GP da Bélgica, no fim de agosto, a F1 redefinirá a rigidez de assoalhos e dos skids (espécie de canaletas de ar sob os carros).
Para 2023, a categoria irá promover mudanças em assoalhos (as bordas serão levantadas em 15 mm) e difusores (serão parcialmente elevados e enrijecidos). Além disso, os carros terão um sensor adicional para avaliar a situação do chamado porpoising.
Por segurança, os santantônios também serão redesenhados para oferecer mais segurança em caso de capotamentos. A mudança é resultado do acidente sofrido por Guanyu Zhou (Alfa Romeo) na largada do GP da Inglaterra e irá passar por intensos testes de homologação até o começo da próxima temporada.
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