Em entrevista à agência Reuters, o presidente da FIA (Federação Internacional de Automobilismo), Mohammed Ben Sulayem, defendeu uma Fórmula 1 mais equipes – e, ao mesmo tempo, menos corridas.
“A FIA deveria estar pedindo, implorando para que as fabricantes entrem. Não deveríamos dizer não a elas”, afirmou o dirigente na entrevista durante o fim de semana do Grande Prêmio do Catar.
“Se você disser qual é o meu sonho: é encher as 12 (vagas de equipes), e ter uma equipe norte-americana de fábrica, com uma unidade de potência e um piloto de lá dirigindo. E então ir até a China talvez, pedir a mesma coisa e fazer isso”, completou.
O posicionamento, publicado na segunda-feira (9), vem após a candidatura da Andretti por uma vaga na F1 ser aprovada pela própria FIA. A organização, no entanto, precisa agora convencer a Liberty Media, proprietária da categoria, e as outras equipes.
Para Ben Sulayem, “é bem difícil dizer não” a uma equipe aprovada pela FIA. “Você pode me chamar de otimista. Eu sou sempre otimista”, disse o dirigente.
Paddock lotado?
A Andretti enfrenta grande por parte das equipes que compõem o atual grid da F1. Entre os atuais times, a principal alternativa oferecida a novas equipes é comprar uma equipe já existente – uma alternativa que não agrada a Mohammed Ben Sulayem.
“Você não pode forçar a Andretti/GM a comprar outra equipe só porque elas querem vender”, argumentou. “Não vou citar nomes, mas vieram me procurar para ir e convencer a GM a fazer isso. Não é meu trabalho. Não fui eleito para fazer isso. Não sou um corretor”, rebateu.
Ainda de acordo com Ben Sulayem, os circuitos atuais contam com espaço suficiente para duas novas equipes, sem superlotação de paddocks.
“Nós podemos ter 12 equipes. Algumas equipes dizem: ‘Vai ficar lotado’. Sério? Já temos uma equipe de Hollywood com a gente”, rebateu, em referência à Apex GP, equipe fictícia que tem sido montada em determinadas etapas para a gravação de um filme estrelado por Brad Pitt.
Se é favorável a novas equipes, Mohammed Ben Sulayem é contrário à quantidade atual de corridas, que considera muito grande. O dirigente defende um calendário mais enxuto, mas não indica um número ideal de etapas.
“Os circuitos devem ter boxes suficientes e espaço para 12 equipes. Acho que o número de corridas é muito (grande) em relação ao de equipes. Precisamos de mais equipes e de menos corridas”, disse. “As equipes olham para o lado delas. Eu entendo a preocupações delas, mas nossas preocupações são diferentes.”
Band
