A Mercedes fez a alegria do público na Fórmula 1 ao lançar um carro todo preto para a temporada 2023.
O visual do W14 remonta a modelos como o W11 (de 2020) e o W12 (de 2021), marcados por desempenhos competitivos. O W13 (de 2022) voltou à tradicional pintura prata e ficou devendo, fechando o ano com apenas uma vitória.
Mas a adoção do visual preto não é uma questão de estética ou nostalgia. Em 2023, a Mercedes aposta em uma estratégia que ganhou destaque na temporada anterior, e que já vem conquistando adesões no restante do grid, como explica Felipe Giaffone, piloto e comentarista do Grupo Bandeirantes.
Para tentar buscar carros mais leves, as equipes têm apostado em deixar partes dos carros sem pintura, expondo a composição de fibra de carbono. É o caso da Mercedes: boa parte do visual preto dos novos carros é fibra de carbono, e não pintura.
“Estávamos acima do peso no ano passado. Neste ano, tentamos encontrar uma maneira de tirarmos cada grama. Agora, a história se repete. Você pode ver que o carro tem algumas partes cruas de carbono, ao lado de algumas que são pintadas de preto fosco”, destacou o CEO e chefe de equipe da Mercedes, Toto Wolff, lembrando a história dos carros prateados da Mercedes.
“O carro era branco, acima do peso, mais ou menos como nosso carro no ano passado. E eles rasparam a pintura e acabaram ficando com alumínio exposto, o que fez o carro bater o peso”, completou.
Segundo o dirigente, remover a pintura foi a resposta para solucionar o excesso de peso diagnosticado no W13, assim como fez a Mercedes décadas atrás. Assim, a equipe se deparou com o visual que fez sucesso entre 2020 e 2021.
“Então voltamos, tentamos tirar peso do carro por todos os lados, e então, nos comprometemos a economizar algumas gramas ao deixar o carro em carbono. A história se repete – mas, neste caso, é um material moderno, carbono, e não alumínio, e ele é preto”, descreveu Toto Wolff.
“Quando mudamos nossa pintura em 2020, o principal motivo foi nosso apoio a causas de diversidade e igualdade, que estão sempre próximas de nosso coração. A cor preta se tornou parte de nosso DNA naquele momento, então estamos felizes de voltarmos a ela”, destacou o CEO e chefe de equipe da Mercedes, Toto Wolff.
O caso da Mercedes é o que mais chama a atenção, mas equipes como McLaren e Alpine também têm visuais mais pretos em 2023 do que na temporada anterior. E não será estranho se outros times aproveitarem o começo do ano para tirar tintas dos carros em busca de resultados mais generosos da balança.
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