O preço dos alimentos começou a cair no Brasil, após dois anos de fortes altas. Itens como carne de frango e a carne bovina já estão bem mais acessíveis ao consumidor, mas alimentos como o óleo, frutas, verduras e legumes também já mostraram quedas.
A redução nos preços das carnes tem tudo a ver com a safra de grãos maior: com mais soja e milho no mercado, caem os custos de produção das carnes. Isso porque estes dois grãos são os mais utilizados para produzir as rações para os animais e com a maior oferta, fica mais barato produzir nas fazendas. A inflação, que no acumulado de 2023, está em 1,84% também está ajudando na queda dos preços.
No caso do frango, que teve dois anos de altas consecutivas, o preço já caiu 11% neste ano e a carne de boi, 5% neste mês. No acumulado do ano, a queda é de quase 9%.
A reportagem do Jornal da Band mostrou que não são apenas as carnes que estão com preços menores. O óleo (derivado da soja) caiu 3,77%, as frutas, 3,18%. Legumes tiveram redução de 1,54% e as verduras, 0,44%. Os panificados apresentaram uma redução de 0,55% no acumulado do ano e os adoçantes, 0,19%. Assista ao vídeo.
Consumo está menor no Brasil – Apesar de os preços estarem menores agora, uma pesquisa mostrou que o consumo de carne no Brasil está diminuindo. Um levantamento realizado pela plataforma online Kantar, no primeiro trimestre deste ano com 3.800 pessoas, revela que o consumo de proteínas tem caído na mesa dos brasileiros, à exceção da carne de porco. Em consequência da inflação, o consumo de proteínas caiu 9% no período, contra -6% do segmento de alimentos e bebidas.
“As proteínas, de forma geral, vêm caindo, algumas com mais intensidade, caso da carne bovina. Mas a gente vê, desde o início do cenário inflacionário mais alto, que o consumo de proteínas é menor desde o ano passado”, disse na segunda-feira (12) à Agência Brasil a diretora do Painel de Uso da Kantar, Divisão Worldpanel, Aurelia Vicente.
A carne bovina, que tinha participação de 43,1% no primeiro trimestre de 2021, agora está com 39%. A trajetória de queda já era sinalizada em igual período de 2022, quando o consumo caiu para 40,5%. Já a carne suína fez o caminho inverso, subindo de 4,6%, entre janeiro e março de 2021, para 7,6%, no mesmo período de 2022 e, neste ano, para 9,1%.
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