O Incor Natal, referência em atendimento cardiológico no Rio Grande do Norte, anunciou que está suspendendo o atendimento e paralisando todos os serviços nos quais o gestor público do contrato é o Município de Natal. Abaixo, leia a nota na íntegra enviada à imprensa nesta quinta-feira (23).
NOTA
O Grupo Incor Natal vem informar e esclarecer a população do Estado do Rio Grande do Norte o que se segue:
A partir do dia de hoje, 23 de novembro de 2023, está paralisado todo o serviço de cardiologia no qual presta serviço – cujo gestor público do contrato é o Município de Natal.
Os motivos que ensejam a paralisação da cardiologia são aquelas que exaustivamente vem sendo discutidos há meses, a contumaz e permanente falta de pagamento pelo Município de Natal e desrespeito as decisões judiciais estabelecidas.
Hoje, infelizmente, a Instituição se vê impossibilitada de continuar a trabalhar sem o cumprimento de tais obrigações, cuja falta total de recursos financeiros inviabiliza e ameaça sua atividade enquanto empresa.
Deve ser esclarecido que a principal preocupação do INCOR NATAL são os atingidos com essa difícil decisão, os usuários do serviço, onde, dentre estes, temos crianças cardiopatas que irão, novamente, ter seus tratamentos não iniciados ou descontinuados.
O infarto agudo do miocárdio – “os infartados”- deixarão de ser tratados em rede específica e de excelência, estas pessoas correm risco de morte ou de sequelas irreversíveis se não tratadas a tempo, minguando em suas residências ou em corredores lotados das Unidades de Pronto Atendimento.
Crianças passam a estar expostas e também a correr risco de morte ou de sequelas irreversíveis.
Esclarece-se que o Estado do Rio Grande do Norte, embora adimplemente em sua cota parte do acordo até a presente data, passa a sofrer com as consequências postas na paralisação pelo fato de estar englabado no contexto do contrato principal cujo município gestor é Natal.
Ademais, o INCOR Natal reitera que busca a solução deste problema com o máximo de empenho, levando em consideração os prejuízos que a referida paralisação ocasiona à toda população da cidade de Natal.
Embora sejamos uma pessoa jurídica, esta é feita por pessoas, médicos e médicas, funcionários e prestadores de serviços exaustos e impotentes em ver o sofrimento da população, em ver que os esforços de tratamento se esvaírem quando não feitos no tempo certo.
Conclamos aos poderes constituídos que ajudem a população na resolução definitiva de tal grave problema de saúde pública.