Ednaldo Rodrigues foi destituído nesta quinta-feira (7) do cargo de presidente da CBF (Confederação Brasileira de Futebol), após decisão dos desembargadores da 21ª Câmara de Direito Privado do TJ-RJ (Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro). Os vice-presidentes da entidade máxima do futebol brasileiro também foram depostos.
A decisão deve ser publicada na segunda-feira (11), já que esta sexta-feira (8) é feriado na Justiça, e a CBF deu férias gerais para os funcionários. Os dirigentes ainda podem recorrer.
No lugar de Ednaldo, assumirá interinamente José Perdiz de Jesus, presidente do STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva). Perdiz terá 30 dias para conduzir novas eleições.
Ednaldo Rodrigues assumiu a CBF inicialmente em 2018 após o afastamento de Rogério Caboclo, à época presidente, por denúncias de assédio. Então vice, Ednaldo negociou um TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) com o MPRJ (Ministério Público do Rio de Janeiro), que movia uma ação contra a CBF sob alegação de desacordo entre a Lei Pelé e o estatuto da confederação.
Mantido interinamente no cargo a partir de então, Ednaldo Rodrigues foi eleito presidente da CBF em março de 2022. Na ocasião, concorreu sozinho e recebeu 137 dos 141 votos. A eleição chegou a ser inicialmente suspensa após ação movida por Gustavo Feijó, então vice-presidente e opositor do dirigente. Os outros vice-presidentes na época precisaram deixar os seus cargos, gerando questionamento por parte deles, por não terem sido consultados sobre o acordo.
O pleito de 2022, no entanto, foi anulado pela decisão desta quinta-feira. Os desembargadores entenderam que o TAC assinado em 2018 é ilegal, uma vez que o MPRJ não teria legitimidade para interferir em assuntos internos da confederação privada
Para a CBF, a destituição de Ednaldo Rodrigues é uma tentativa de golpe por parte de Marco Polo Del Nero e Ricardo Teixeira, ex-presidentes da entidade, que tentam retornar ao poder. A entidade irá recorrer ao STJ (Superior Tribunal de Justiça).
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