Um levantamento quantifica o medo que as mulheres têm de serem estupradas: 95% se sentem hoje vulneráveis a esse tipo de violência. As informações são da repórter Gabrielle Guimarães, da Rádio Bandeirantes.
Ao mesmo tempo que escancara o problema, o estudo feito pelos institutos Patrícia Galvão e Locomotiva revela outro: nem todas relatariam o episódio a alguém. Segundo a pesquisa, apenas 68% afirmaram ter certeza de que levariam o caso para frente.
Recentemente, o caso da promotora de eventos Mariana Ferrer ganhou visibilidade após o advogado do empresário André Aranha atacar a vítima na sessão na Justiça.
Para a promotora Valeria Scarance, esse tipo de situação pode fazer com que cada vez mais mulheres se sintam seguras para denunciar.
Um segundo motivo apontado pela especialista para a permanência desse quadro é a impunidade.
Em uma tentativa de reverter a situação, tramita na Câmara dos Deputados um projeto de lei que aumenta as penas para estupro de vulnerável.
A proposta engloba casos de abuso contra menores de 14 anos, pessoas com deficiência ou indivíduos que não têm como oferecer resistência por qualquer motivo.
Atualmente, a pena varia entre 8 e 15 anos de reclusão; pelo texto do deputado Guiga Peixoto (PSL) a punição passaria a ser de 12 a 20 anos.
Em entrevista à Rádio Bandeirantes, a promotora Valeria Scarance afirmou ser imprescindível repensar a legislação.
De acordo com o Anuário Brasileiro de Segurança Pública, um estupro acontece a cada 8 minutos no país; só em 2019, foram 66.123 boletins de ocorrência do tipo.
Da Redação, com Rádio Bandeirantes