O presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), cumpre agenda em Brasília para articular no Congresso Nacional o andamento da PEC (Proposta de Emenda à Constituição) da Transição, que libera espaço no Orçamento de 2023 para bancar principalmente o Bolsa Família de R$ 600,00.
Outra pendência é a nomeação de integrantes do grupo de trabalho da Defesa na equipe de transição, além da lista de nomes que vão dirigir ministérios do futuro governo. Nome mais cotado para o Ministério da Fazenda, o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad (PT) veio no avião com Lula e a socióloga Rosângela Lula, a Janja, esposa do presidente eleito.
De acordo com a agenda, Lula receberá a partir desta quarta-feira (30) os relatórios com diagnósticos elaborados pelos 31 grupos técnicos da transição. Os documentos deverão apresentar a situação orçamentária de cada setor e recomendar eventuais revogações de atos normativos do atual governo de Jair Bolsonaro (PL).
Na negociação para viabilizar a PEC da Transição, Lula terá novas reuniões com os presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).
Há discordâncias sobre a vigência da proposta e o valor que deve ser retirado do teto de gastos para bancar o Auxílio Brasil no atual patamar de R$ 600 no ano que vem, mais R$ 150 por criança até 6 anos.
O novo governo defende que sejam retirados do teto de gastos R$ 198 bilhões para bancar o benefício social em 2023 e para ajustar o orçamento de outros gastos sociais.
A presidente do PT, Gleisi Hoffmann, o senador Jaques Wagner (PT-BA), e o ex-governador do Piauí e senador eleito Wellington Dias (PT-PI), estiveram com Lula nos últimos dias para atualizá-lo sobre a PEC e encaminhar as reuniões sobre o assunto nesta semana.
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