Verão é o período que aumenta muito a frequência de banhistas nas praias, mas são necessários alguns cuidados para garantir a segurança em mergulhar. Um simples mergulho, feito em local inapropriado ou em águas rasas, pode resultar em sérias lesões e comprometer a mobilidade do banhista. De acordo com o Ministério da Saúde, nove em cada dez pessoas que sofreram acidente por mergulho ficaram tetraplégicas e o aumento está associado aos chamados “acidentes de verão”, que envolvem lesões causadas por quedas e mergulhos em piscinas, praias, cachoeiras e rios.
O neurologista especialista em patologias da coluna vertebral do Hospital Promater, Márcio Ramalho, enfatiza a importância de medidas preventivas. “Sempre que você não conhecer o ambiente e a profundidade da água, nunca pule de cabeça. E se você não sabe executar um mergulho, dê preferência a entrar na água sem pular. Qualquer brincadeira pode oferecer risco”, ressalta o médico.
“Aos sinais de inconsciência, afogamento sem defesa, incapacitação de fala ou mal-estar, pressão baixa e imobilidade dos braços e pernas para sair da água, busque imediatamente o socorrista para que direcione ao serviço local mais próximo”, explica o especialista.
Orientações do especialista
- Não entre ou mergulhe na água se estiver sob efeito de álcool;
- Evite saltar de locais muito elevados e arriscar saltos ornamentais;
- Ao planejar um mergulho, faça uma inspeção prévia da área: observe a profundidade do local e a presença de obstáculos como pedras;
- Não permita nem participe de brincadeiras enquanto estiver nadando ou mergulhando;
- Ao mergulhar, estenda os braços ao lado da cabeça para protegê-la;
- Nunca mergulhe de cabeça.
Sendo assim, é indispensável os cuidados básicos ao realizar mergulhos em águas desconhecidas, evitando problemas graves na coluna vertebral.