A destruição do hospital que deixou centenas de mortos na Faixa de Gaza agrava a situação de extrema precariedade dos serviços de saúde em meio à guerra.
Mesmo antes do desastre, o conflito tem esgotado suprimentos e forçando os médicos que atuam no território a escolherem quem deve ser salvo em situações-limite.
O panorama é descrito pelo diretor do Centro de Relações Internacionais em Saúde da Fundação Oswaldo Cruz, Paulo Buss.
O sanitarista integra a Federação Mundial das Associações de Saúde Pública que tem recebido informações sobre a crise no Oriente Médio e tentado encontrar soluções.
A entidade enviou cartas nos últimos dias para as partes envolvidas no conflito e também para organismos internacionais como as Nações Unidas.
O médico Paulo Buss explica que os profissionais na Faixa da Gaza estão realizando cirurgias sem a utilização de analgésicos, por exemplo.
O sanitarista teme que a tragédia entre numa nova fase. O médico Paulo Buss afirma que a Faixa de Gaza pode não ter condições de enterrar os mortos adequadamente.
A primeira medida defendida pela comunidade médica para tentar contornar o quadro desastroso é o cessar-fogo.
As hostilidades entre Israel e o Hamas comprometem qualquer ação adequada dos profissionais em campo.
Em seguida, deve ser permitida a construção de campos de refugiados e de hospitais de campanha com grupos como a Cruz Vermelha e os Médicos Sem Fronteiras.
O sanitarista Paulo Buss afirma que países que não estão no conflito poderiam envolver as próprias forças armadas num esforço de paz.
Serviços de saúde e organismos internacionais aguardam a abertura efetiva de um corredor humanitário que permita a passagem de suprimentos.
O governo de Israel afirmou nesta quarta-feira (18) que vai permitir a entrega de ajuda à Faixa de Gaza para a entrega de água, alimentos e medicamentos.
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