A FAB interceptou, no Mato Grosso do Sul, um avião que entrou no espaço aéreo brasileiro sem autorização. Como o piloto desobedeceu a ordem de pouso imediato, os militares, inicialmente, disparam um tiro de aviso e depois o chamado tiro de detenção.
O avião acabou fazendo um pouso forçado já no interior de São Paulo. As duas pessoas que estavam na aeronave fugiram e deixaram para trás meia tonelada de cocaína.
Não é novidade que parte da droga entra dessa forma no Brasil, para depois ser levada ao exterior escondida em navios. De cada 10 apreensões de drogas no mundo, em 9 o envio foi feito por rotas marítimas. Apesar de não produzir nenhum grama de cocaína, o Brasil é atualmente o maior exportador da droga para a Europa, África e Ásia.
De acordo com as autoridades que combatem o narcotráfico, as explicações são a posição geográfica do Brasil que faz fronteira com os três países produtores de cocaína, a boa conexão marítima com os continentes europeu e africano e a presença de organizações criminosas internacionais por aqui, como a máfia italiana Ndrangheta.
O Porto de Santos está na lista das quatro principais portas de saída do entorpecente do mundo, junto com dois Cartagena e Buenaventura, na Colômbia, e Guayaquil, no Equador.
Na Europa, os principais destinos da cocaína são os portos de Antuérpia, na Bélgica, e Roterdã, na Holanda. Os dados estão no mais recente relatório global do escritório das Nações Unidas para drogas e crimes.
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