Após mais de 50 anos de aterrissar na Lua pela primeira vez, foi abandonada a tentativa norte-americana de voltar ao local depois de um vazamento de combustível na nave de uma empresa privada, poucas horas após o lançamento.
A Astrobotic Technology, com sede em Pittsburgh, admitiu que a sonda Peregrine dispõe apenas do combustível suficiente para viajar durante 40 horas, o que não lhe permitirá pousar na Lua, meta planejada para 23 de fevereiro.
Diante do novo panorama, a empresa informou que agora o objetivo é levar a sonda até “o mais próximo possível” da Lua antes que ela perca energia. A empresa disse também que trabalha com a Nasa, a agência espacial norte-americana, “para determinar o impacto nas cinco investigações científicas da agência a bordo da Peregrine”.
Uma “crítica perda de combustível”, foi registrada cerca de sete horas após a decolagem, na madrugada de segunda-feira (8), da Estação da Força Espacial de Cabo Canaveral. A empresa conseguiu orientar a sonda em direção ao sol para que o painel solar pudesse captar a luz solar e carregar bateria, enquanto uma equipe especial avaliava o estado do que foi descrito como “falha no sistema de propulsão”.
A empresa pretendia ser a primeira do setor privado a aterrissar com sucesso na Lua, o que apenas quatro países conseguiram. Está previsto um segundo lançamento, em fevereiro, de uma empresa de Houston.
A Nasa, que financiou com 108 milhões de euros a Peregrine da Astrobotic, pretende que sondas privadas explorem o local antes da chegada de astronautas, fornecendo também experiências tecnológicas e científicas à agência espacial, outros países e universidades.
Apesar de admitir o revés com a Peregrine, o administrador da Nasa, Bill Nelson, preferiu destacar nas redes sociais o sucesso do novo foguete Vulcan Centaur, do grupo industrial ULA, que levou a sonda até a espaço.
Isso faz com que a Nasa disponha de “mais ferramentas para explorar o espaço”, acrescentou Nelson.
Agência Brasil