Natal foi novamente destaque no cenário nordestino ao figurar entre as quatro capitais com melhor qualidade de vida da região, de acordo com o Índice de Progresso Social (IPS) Brasil 2025. Com nota 65,63, a cidade manteve a 4ª posição entre as capitais do Nordeste, atrás apenas de João Pessoa (67,00), Teresina (65,76) e Aracaju (65,73). No contexto nacional, a capital do Rio Grande do Norte subiu duas posições em relação ao ano passado, passando do 17º para o 15º lugar entre as capitais brasileiras.
O levantamento analisou 57 indicadores em 5.557 municípios do país, organizados em três dimensões principais: Necessidades Humanas Básicas, Fundamentos do Bem-Estar e Oportunidades. O IPS atribui uma nota de 0 a 100, refletindo a média simples entre as três áreas avaliadas. No caso de Natal, os destaques positivos foram os indicadores ligados à densidade de telefonia móvel, acesso à cultura e lazer, inclusão de minorias, acesso à Educação Superior e desempenho no Enem – todos classificados como “relativamente fortes”.
Na análise regional mais ampla, que inclui todas as cidades do Nordeste, Natal ficou na 8ª posição geral e em 3º lugar entre os 167 municípios do Rio Grande do Norte, atrás de Santana do Seridó (66,67) e Riacho da Cruz (66,13). A cidade de Campina Grande (PB) liderou o ranking nordestino, com nota 67,78.
Apesar dos avanços, o relatório também apontou gargalos importantes. Entre os pontos mais críticos estão a baixa cobertura vacinal contra a poliomielite, iluminação elétrica inadequada em domicílios, pisos inadequados em residências e o índice de assassinatos de jovens – todos com desempenho classificado como “relativamente fraco”.
Em resposta aos dados, a Prefeitura de Natal informou que tem intensificado ações de vacinação com campanhas em massa e visitas domiciliares. Sobre a infraestrutura residencial, destacou programas de habitação que beneficiaram mais de 4,8 mil famílias no último ano. Em relação à segurança de jovens, mencionou projetos sociais em andamento que atendem cerca de 200 adolescentes com atividades educativas.
Outro ponto sensível foi a evasão escolar e defasagem no Ensino Médio, área sob responsabilidade do Estado. A Secretaria de Educação estadual afirmou que tem investido na ampliação de escolas de tempo integral e em programas de recomposição da aprendizagem.
Além disso, o indicador de famílias em situação de rua também teve desempenho ruim. A Prefeitura afirma atender essa população por meio do programa Consultório na Rua, que oferece assistência médica e social.
No ranking estadual, o Rio Grande do Norte ficou em 13º lugar nacional, com média de 60,04 entre seus municípios. O IPS Brasil é desenvolvido por organizações como o Imazon, Fundação Avina, Amazônia 2030, Anattá e o Social Progress Imperative, com dados coletados de fontes como IBGE, Datasus, Inep, CNJ e MapBiomas.