A partir desta segunda-feira (16), bancos e instituições financeiras passam a oferecer o Pix Automático, nova funcionalidade do sistema de pagamentos instantâneos criado pelo Banco Central. A ferramenta permite que usuários autorizem pagamentos recorrentes de forma automática, como mensalidades, contas de consumo e assinaturas.
O objetivo da funcionalidade é substituir o débito automático tradicional e o uso de boletos, especialmente em serviços de cobrança periódica. O Banco do Brasil foi a primeira instituição a disponibilizar a ferramenta para todos os clientes ainda em maio. A maioria dos demais bancos inicia a oferta do serviço agora.
Como funciona o Pix Automático
- A empresa ou prestador de serviço envia um pedido de autorização ao cliente.
- O usuário acessa o aplicativo do banco e seleciona a opção “Pix Automático”.
- Após ler e aceitar os termos, o cliente define:
- Periodicidade do pagamento;
- Valor fixo ou variável;
- Limite máximo por transação.
- A partir da data combinada, os débitos são feitos automaticamente da conta do pagador.
- A cobrança pode ocorrer a qualquer hora, todos os dias, inclusive em feriados.
- O cliente pode cancelar a autorização ou alterar valores e periodicidade a qualquer momento.
Aplicações
O Pix Automático pode ser utilizado por pessoas físicas como pagadoras e por empresas e MEIs como cobradores. Entre os serviços que podem ser pagos pela nova modalidade, estão:
- Contas de luz, água e telefone;
- Mensalidades escolares e academias;
- Assinaturas de streaming, jornais e clubes de assinatura;
- Serviços recorrentes diversos.
Diferenças em relação ao Pix Agendado Recorrente
A nova funcionalidade se diferencia do Pix Agendado Recorrente, que segue sendo utilizado para transferências entre pessoas físicas, como mesadas ou salários de trabalhadores domésticos.
Enquanto o Pix agendado exigia que o próprio usuário configurasse os pagamentos, com o Pix Automático a empresa envia uma solicitação e o cliente apenas confirma, com menos risco de erro ou divergência nos dados.
Regras de segurança
Para reduzir o risco de golpes, o Banco Central definiu critérios rígidos para empresas aderirem ao Pix Automático:
- Empresa deve ter mais de seis meses de atividade;
- Checagem de CNPJ, CPF de sócios e administradores, compatibilidade da atividade econômica com o serviço oferecido, capital social e faturamento;
- Análise do histórico da conta e frequência de transações com o banco.
O objetivo é evitar fraudes, como propostas falsas de cobrança, que direcionem pagamentos para contas indevidas.