A poda do maior cajueiro do mundo, localizado em Pirangi do Norte, em Parnamirim, foi adiada para fevereiro de 2026, segundo informou o Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente (Idema). A mudança ocorre porque a árvore entrou em período de floração, que segue até novembro deste ano, seguido da frutificação entre dezembro e janeiro, fases em que a intervenção não pode ser realizada.
A medida foi determinada pela Justiça em maio de 2023, dentro de um processo que tramita há mais de 10 anos. O Idema estima um investimento de R$ 200 mil para a realização da poda, que poderá se estender por até seis meses. Durante o período, também será feito o manejo fitossanitário para combater pragas, como o ataque de cupins.
Debate divide opiniões
O futuro do cajueiro tem sido tema de audiências públicas realizadas desde junho, reunindo autoridades, moradores, comerciantes e especialistas. Enquanto parte da população defende a poda como forma de garantir segurança para imóveis e ruas próximas, ambientalistas e pesquisadores alertam que a intervenção pode comprometer a saúde e a longevidade da árvore centenária.
O Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN) também se manifestou no processo e pediu que a decisão judicial seja complementada com critérios técnicos mais específicos antes de qualquer intervenção.
Patrimônio potiguar
Reconhecido pelo Guinness Book desde 1994, o Cajueiro de Pirangi ocupa uma área de cerca de 10 mil m² e se consolidou como um dos principais pontos turísticos do litoral do Rio Grande do Norte. Somente em 2024, o local recebeu mais de 350 mil visitantes.