Pelo menos 70% de todos os carros no Brasil estão rodando nas cores pretas, brancas e cinzas, segundo dados do Secretaria Nacional de Trânsito (Senatran). As opções de cores disponíveis para os automóveis foi diminuindo ao longo dos anos e os tons mais “apagados” tomaram conta das ruas.
Carros pintados em amarelo, bege, dourado, verde, azul, marrom, vinho e até mesmo o vermelho são cores que há 30 anos integrava na paleta dos veículos brasileiros. A questão que fica é: por que esses tons mais vivos desaparecem com o tempo?
A principal resposta para essa pergunta é o preço. Carros com cores neutras, como o preto e branco, são consideradas como “básicas” e não acrescentam nenhum valor adicional para a compra do veículo. Agora o vermelho e o azul, por exemplo, são consideradas como cores “opcionais” e agregam até R$ 5 mil no valor final.
Os motoristas também deixaram de procurar pelas cores. Ou seja, a lei da oferta e procura que, para os especialistas, são justificadas pelo impacto nos preços e a predileção em não mudar de cor e até pela queda no preço de revenda do veículo em cores mais chamativas.
Outro motivo é a mudança no pensamento das montadoras. Há 30 atrás, a diversidade de cores do veículo era para atender todos os gostos dos consumidores no mercado. Hoje, a diversidade nas opções das cores é um modo do motorista se destacar no meio do trânsito, como se tivesse um veículo “diferente” dos demais.
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