Tem muita gente reclamando que as barras de chocolate diminuíram de tamanho. Mesmo com a redução, o preço não caiu. A embalagem menor, mas sem a alteração do valor tem um nome, chama-se reduflação. É uma estratégia usada pelos fabricantes.
A reduflação não é ilegal, porém algumas regras precisam ser seguidas. A principal diz respeito à informação na mudança do produto.
Os órgãos de defesa do consumidor alertam que as empresas precisam mostrar a nova pesagem do produto até seis meses depois da mudança.
Para os chocólatras de plantão, isso pode piorar. O chocolate deve ficar ainda mais caro em fevereiro. Isso porque o principal exportador da amêndoa do cacau, a África, tem sofrido com as condições climáticas.
“Os cacaueiros da África estão envelhecendo. Eles precisam ser renovados. Isso impacta na produção”, explicou Ana Paula Losi, presidente-executiva da Associação das Indústrias Processadoras de Cacau (AIPC).
Atualmente, o Brasil apresenta déficit de cacau, sendo só o sexto maior produtor do mundo. Para suprir a demanda, precisa importar.
“O produtor, por muito tempo e até hoje, tem pouco acesso a crédito, tem baixa assistência técnica. Isso tudo está sendo trabalhado pelos diversos elos da cadeia para que a gente melhore a nossa produtividade”, analisou Losi.
Apesar das vendas não terem caído no último ano, quem compra está levando menos para casa.
Band