Buscar alternativas para driblar o preço alto da carne bovina virou costume para muitos consumidores por um bom tempo. Ovos, peixe e frango, por exemplo, ficaram mais comuns nos pratos. Por outro lado, em 2023, a necessidade de trocar a proteína foi menor.
Na última década, o valor da carne vermelha subiu muito, mas um levantamento da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) mostrou que o preço caiu mais de 16% no ano passado no estado. Em todo o país, a redução média foi de quase 10%.
Filé-mignon, contrafilé e vazio acumulam as maiores quedas. Costela, maminha e picanha também tiveram redução, porém com um ritmo menor.
Segundo os pesquisadores, os preços foram influenciados por uma mudança no perfil do consumidor, que passou a comprar menos carne bovina por uma perda de poder aquisitivo. Além disso, a safra de grãos diminuiu o custo da ração animal e ainda houve uma superoferta.
A projeção para 2024 não está tão positiva. Os preços podem voltar a subir no segundo semestre, como explicou o pesquisador Júlio Barcelos, da UFRGS.
“Talvez, seja até o momento de o consumidor utilizar o velho freezer e estocar alguns cortes para o segundo semestre, onde nós temos uma expectativa de uma possível reversão de preços”, analisou o pesquisador.
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