Nesta quarta-feir (26), a partir das 7h30 da manhã, a Diaconia e o CETRA vão lançar o projeto Floresta de Alimentos. A iniciativa é realizada em parceria com a Petrobras, por meio do programa Petrobras Socioambiental, e contempla diversas comunidades de municípios do Rio Grande do Norte e do Ceará. O evento será realizado no Mercado Público de Carnaubais, em Carnaubais (RN).
Baseado na agroecologia, o projeto Floresta de Alimentos é dedicado, principalmente, à proteção e fortalecimento da agrosociobiodiversidade. O conceito engloba tanto a preservação do meio ambiente quanto dos conhecimentos dos povos tradicionais do campo, como indígenas, quilombolas, pescadoras/es, marisqueiras/os e famílias agricultoras.
Em tempos de crise climática, o projeto objetiva fortalecer e criar corredores ecológicos, capturar gás carbônico da atmosfera, proteger nascentes de água, ao mesmo tempo em que favorece a segurança alimentar para as pessoas e outros seres vivos.
Risoneide Lima, coordenadora do projeto na Diaconia, indica que o principal objetivo do Floresta de Alimentos é contribuir para a mitigação das mudanças climáticas no semiárido potiguar e cearense.
Além disso, a iniciativa busca “fortalecer as capacidades das comunidades e territórios tradicionais para a gestão sustentável dos seus agroecossistemas e para a convivência com o semiárido, consolidando a bioeconomia solidária como estratégia para a redução do desmatamento, da recuperação de áreas degradadas, da restauração florestal, do sequestro e estoque de carbono, da conservação dos mananciais hídricos e da proteção da agrosociobiodiversidade”, explica Risoneide.
O Floresta de Alimentos contempla ainda a implementação de tecnologias sociais, como o sistema de reaproveitamento da água da pia e do chuveiro para aguar plantas (RAC – Reúso de Águas Cinzas) e de fogões ecológicos, versão diferenciada do fogão à lenha tradicional com redução do madeira e da poluição por fumaça na cozinha.
Geração de renda e recuperação ambiental
Uma das principais estratégias do projeto são os SAFs: sistemas agroflorestais ou simplesmente Florestas de Alimentos. Essa forma de agricultura sustentável aumenta a produtividade dos solo e melhora a captação de água. Isso é possível com a proteção do solo, por meio do cultivo de árvores e plantas adubadeiras e nativas na mesma área de culturas tradicionais, como o milho, feijão, arroz, frutas e hortaliças.
“Os sistemas agroflorestais e agroecologia, por meio do projeto Floresta de Alimentos, no Rio Grande do Norte, irão contribuir em diversos aspectos socioeconômicos e ambientais. Entre eles podemos citar a segurança alimentar e nutricional, a geração de renda e autonomia das famílias beneficiárias, a recuperação ambiental e a conservação do solo nas áreas onde serão desenvolvidas as ações com os sistemas agroflorestais”, aponta a coordenadora.
“Dessa forma, tanto o SAF quanto a agroecologia melhorarão a qualidade de vida das comunidades beneficiadas pelo projeto”, conclui.
PROGRAMAÇÃO:
7h30 – Início do credenciamento e entrega de fichas para alimentação
8h – Chegança e início da Feira
9h – Abertura da solenidade e apresentação cultural
9h30 – Mesa política e conversa sobre o lançamento do Projeto Floresta de Alimentos
10h – Apresentação cultural
10h15 – Apresentação do Projeto Floresta de Alimentos
10h35 – Apresentações culturais, música e Feira
12h – Almoço coletivo
13h – Encerramento