O grupo Houthis do Iêmen assumiu a autoria de um ataque de drones e mísseis contra Israel, sinalizando a entrada do grupo na guerra de Israel-Hamas. Eles declararam apoio ao grupo extremista.
Os Houthis são uma organização militar e política xiita que controla parte do Iêmen depois da tomada da capital Sanaa em 2014, o que originou a guerra no país. Hoje, o governo reconhecido oficialmente, que tem apoio da Arábia Saudita, está baseado em Aden.
Eles fazem parte da aliança regional alinhada ao Irã, hostil a Israel e aos Estados Unidos, que inclui o Hezbollah do Líbano e as milícias apoiadas pelo Irã no Iraque.
O porta-voz militar do grupo, Yahya Saree, afirmou a possibilidade de mais ataques “para ajudar os palestinos na vitória”. Saree culpa Israel pela instabilidade da região.
O slogan dos Houthis é “Morte à América, Morte a Israel, amaldiçoe os Judeus e vitória ao Islã”.
O ataque do último dia 31 teria sido o terceiro organizado pelo grupo: o primeiro aconteceu no dia 19 de outubro —a Marinha dos Estados Unidos interceptou três mísseis de cruzeiro— e outro do dia 28 de outubro, que resultou em explosões no Egito.
O que aconteceu
As sirenes de ataque aéreo dispararam na área da cidade de Eilat, no Mar Vermelho, e os militares de Israel disseram que derrubaram um “alvo aéreo” que se aproximava.
Após um aviso inicial de uma possível “invasão de aeronave hostil”, que fez com que pessoas em um resort turístico corressem para se abrigar, os militares disseram que seus “sistemas identificaram um alvo aéreo que se aproximava do território israelense”.
Segundo Israel, não houve ameaça ou risco para os civis. Mais tarde, o grupo Houthis reivindicou o ataque.
O conselheiro de segurança nacional israelense, Tzachi Hanegbi, disse que os ataques dos Houthis eram intoleráveis, mas não quis entrar em detalhes quando perguntado sobre como Israel poderia responder.
Uol