A Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap), por meio do Programa Estadual de Controle das Arboviroses, divulgou o mais recente informe epidemiológico das arboviroses no Rio Grande do Norte. Os dados foram coletados entre a Semana Epidemiológica 1 e 16, encerrada em 22 de abril de 2023.
Segundo o informe, foram notificados 4.469 casos de dengue no estado. Desses, 661 casos foram confirmados, 3.543 casos considerados prováveis, 926 descartados, nenhum óbito confirmado e 5 em processo de investigação. A incidência apresentada foi de 99,50 casos prováveis por 100 mil habitantes.
Com relação à Chikungunya, foram notificados no RN, até a Semana Epidemiológica 16, um total de 1.652 casos da doença, sendo confirmados 173 casos, 1.341 casos considerados prováveis, 311 descartados, nenhum óbito confirmado e um em processo de investigação. A incidência foi de 37,66 casos prováveis por 100 mil habitantes.
Já no que diz respeito à Zika, até a Semana Epidemiológica 16, foram notificados 480 casos da doença, sendo confirmados 15 casos, 401 casos considerados prováveis, 79 descartados e nenhum óbito confirmado. A incidência foi de 11,30 casos prováveis por 100 mil habitantes.
“Em relação aos casos notificados de dengue, observamos um aumento ao longo das semanas epidemiológicas. Percebemos também que o sorotipo 2 da dengue é o que permanece em circulação no estado. Além disso, observamos aumentos consecutivos nos casos de Chikungunya e Zika por semana epidemiológica. A Zika é preocupante principalmente em relação às gestantes, devido às más formações congênitas provocadas por esse vírus. Diante desse cenário, é muito importante colocar as ações de prevenção em prática, sobretudo no período atual, quando ocorre um grande aumento da população do mosquito Aedes Aegypti, em função da combinação das altas temperaturas e chuvas”, explicou a responsável técnica pelo Programa Estadual de Controle da Dengue, Sílvia Dinara.
Prevenção
Por meio de medidas simples, é possível evitar a formação de criadouros do mosquito nas residências e locais de trabalho. Assim, é importante observar os locais que possam acumular água parada como: bandeja de bebedouros e de geladeiras, ralos, pias e vasos sanitários sem uso; manter os quintais livres de possíveis criadouros do mosquito; esfregar com bucha as vasilhas ou reservatórios de água dos animais; não colocar lixo em terrenos baldios; manter as caixas d´água sempre tampadas; observar vasos e pratos de plantas que acumulam água parada; manter em local coberto pneus inservíveis e outros objetos que possam acumular água, além de receber a visita do agente de endemias, aproveitando a oportunidade para tirar possíveis dúvidas.
Sintomas das arboviroses
Os sintomas iniciais das arboviroses podem ser semelhantes e clinicamente inespecíficos, sendo imprescindível observar a diferenciação dos sintomas para que se possa conduzir o tratamento do caso de forma adequada. Entre os principais sintomas estão: febre, manchas na pele, dores nos músculos e inchaço nas articulações, além de conjuntivite, dor de cabeça, e coceira.
“As pessoas que apresentarem algum desses sintomas devem procurar o quanto antes um serviço de saúde. Principalmente em relação à dengue, é importante que a assistência seja iniciada em tempo oportuno, para evitar a evolução da doença para as formas graves e sobretudo o óbito”, ressaltou Sílvia Dinara.
Acesse aqui o último informe epidemiológico das arboviroses.