O Rio Grande do Norte registrou 13 tremores de terra em um intervalo inferior a 30 dias, entre os meses de abril e maio. Os dados são do Laboratório de Sismologia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (LabSis/UFRN) e apontam que os sismos ocorreram em diferentes regiões do estado, com intensidades consideradas baixas, variando entre 1.5 e 3.0 na escala Richter.
A maior concentração dos abalos ocorreu no município de Carnaubais, no Oeste potiguar, que contabilizou nove tremores entre os dias 24 de abril e 5 de maio. O mais forte foi registrado justamente na cidade, no dia 24 de abril, com magnitude de 3.0 mR.
Outros municípios afetados foram Ipanguaçu, Currais Novos, Lajes, além de uma ocorrência na costa atlântica, nas proximidades de Rio do Fogo.
A maior incidência de sismos no interior do estado está relacionada à sua localização geológica, que integra a chamada Província Borborema, uma formação rochosa antiga e propensa à atividade sísmica.
Embora os tremores recentes tenham sido de baixa magnitude e sem relatos de danos ou feridos, o histórico sísmico do estado revela episódios mais intensos, visto que tremores de magnitude 5 já foram registrados no RN, e, com base em dados e na história geológica da região, não é descartada a possibilidade de novos eventos desse porte no futuro.
O Laboratório de Sismologia da UFRN segue monitorando continuamente a atividade sísmica no estado, por meio de uma rede de estações distribuídas em pontos estratégicos, contribuindo para o mapeamento e a compreensão dos fenômenos naturais que ocorrem no território potiguar.