Sessenta e sete municípios do Rio Grande do Norte seguem sendo abastecidos por carros-pipa, de acordo com a Defesa Civil estadual. A operação atende cerca de 79 mil pessoas em diferentes regiões do estado.
Segundo o Instituto de Gestão das Águas do RN (Igarn), os reservatórios potiguares operam atualmente com 48% da capacidade total. A região do Seridó apresenta a pior situação, com média de 17% de volume acumulado.
Está prevista para agosto a chegada das águas da transposição do Rio São Francisco, que devem fornecer ao estado três metros cúbicos por segundo, gratuitamente, por um período de três anos. O volume será destinado à Barragem de Oiticica, que atualmente acumula 103,3 milhões de metros cúbicos, o equivalente a 13,92% da sua capacidade total de 742,6 milhões.
Entre 2019 e 2025, os projetos de adutoras no estado totalizam 1.289 km planejados, segundo a Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh) e a Companhia de Águas e Esgotos do RN (Caern). Desse total, 159,3 km foram concluídos, 274 km estão em fase de licitação e 856 km seguem em obras.
O estado possui atualmente 11 reservatórios com menos de 10% da capacidade, entre eles:
- Passagem das Traíras (0,03%)
- Itans (0,43%)
- Mundo Novo (2,39%)
Na divisão por regiões, os índices de armazenamento de água são os seguintes:
- Médio Oeste: 68%
- Agreste: 62%
- Oeste Assu-Mossoró: 61%
- Região Central: 49%
- Alto Oeste: 40%
- Leste: 40%
- Seridó: 17%
O Projeto Seridó Norte, com R$ 300 milhões garantidos por meio do Novo PAC, está em andamento e prevê distribuição de água para cidades da região, com conclusão estimada entre o fim de 2025 e início de 2026.
A Adutora do Agreste, com início de obras previsto para agosto, tem orçamento de R$ 468 milhões para as duas primeiras etapas. A primeira fase deve ser concluída até junho de 2026, beneficiando 38 municípios e 510 mil pessoas.
O governo estadual também executa ações de perfuração de poços — com meta de 500 poços até abril de 2026 (sendo 53 já perfurados) — e implantação de dessalinizadores para atender áreas com água subterrânea de alta salinidade.
De acordo com a Emparn, entre março e maio de 2025, choveu 252 mm no estado, abaixo da média esperada de 382 mm. No mesmo período de 2024, foram registrados 440 mm, o que representa queda de 42% no volume de chuvas.