A Rússia aprovou o uso no país de uma vacina contra o coronavírus com apenas uma dose nesta quinta-feira (6).
A informação foi confirmada pelo Ministério da Saúde, pelo Instituto Gamaleya e pelo Fundo Russo de Investimentos Diretos, que financia e comanda os estudos envolvendo o imunizante.
Batizada de Sputnik Light, a vacina apresentou eficácia de 79,4% após 28 dias da aplicação, segundo o comunicado oficial.
A nota afirma ainda que, durante as fases 1 e 2 de testes, a Sputnik Light gerou anticorpos em 96,9% dos imunizados e neutralizantes do vírus em 91,67% dos testados. Nenhum evento adverso grave foi relatado, de acordo com os russos.
O governo russo disse que a nova versão do imunizante não exige condições especiais de armazenamento e custará menos de US$ 10 (cerca de R$ 52, na cotação atual).
A Anvisa negou o uso da primeira versão da Sputnik V, em reunião de 26 de abril, por unanimidade. Antônio Barra Torres disse à BandNews TV que os estudos apresentados da vacina russa não detalhavam possíveis riscos futuros à capacidade de reprodução de quem recebesse o imunizante.
Os técnicos da agência ainda afirmaram que a Sputnik V pode ser prejudicial, pois utiliza um tipo de vírus que pode se multiplicar, causando reações e riscos à saúde.