Em iniciativa pioneira no estado, o Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente – Idema juntamente com um grupo de pesquisadores, realizará a partir da próxima semana, do dia 31 de maio a 03 de junho, a segunda operação de remoção do Coral-sol, identificado na Área de Proteção Ambiental Recifes de Corais (APARC). O coral-sol é uma espécie invasora, que coloniza ambientes marinhos e pode impedir o crescimento de espécies nativas.
A nova expedição terá o objetivo de continuar o trabalho de retirada da espécie que compromete o ambiente marinho nativo. Na primeira atividade, no início de maio, foram retiradas 60% das colônias, totalizando 1.500 e cerca de 1.000 fragmentos de coral-sol na área afetada. Na ocasião, também foram realizadas coletas qualitativas dos corais invasores, que foram encaminhados ao Laboratório de Ecologia Marinha da UFRN para avaliar possíveis efeitos sobre a biodiversidade local.
A atividade será realizada pelo Idema, por meio do Núcleo de Gestão de Unidades de Conservação (NUC), em parceria com a Fundação para o Desenvolvimento Sustentável da Terra Potiguar (Fundep), a Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), coordenada pelo professor Guilherme Longo, do Departamento de Oceanografia, e a empresa de mergulho CCR-Brazil.
A equipe será composta por 10 mergulhadores especialistas em oceanografia e biologia marinha, com o intuito de manter, também, um monitoramento sistemático e contínuo na área para controle da espécie. O diretor-geral do Idema, Leon Aguiar, explica que este coral é considerado invasor, uma vez que ameaça a biodiversidade local, podendo prejudicar a riqueza de espécies nativas e ameaçar as atividades econômicas da região, como pesca e turismo.
“As espécies possuem diversas estratégias de crescimento e reprodução, além de defesas e ausência de predadores efetivos. Por isso, são invasores eficientes, que podem colonizar ambientes e impedir o crescimento de espécies nativas. Vale ressaltar também, que o Idema continuará com o monitoramento de toda APARC, em razão da sua importante diversidade biológica”, explicou o diretor.