Na manhã desta sexta-feira (24), servidores técnicos da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), em greve há quase três meses, ocuparam e trancaram o prédio do Instituto Metrópole Digital (IMD) com cadeados e correntes. A ação foi coordenada pelo Sindicato Estadual dos Trabalhadores em Educação do Ensino Superior do Rio Grande do Norte (Sintest) e contou com a participação de estudantes. Os manifestantes protestam contra a proposta do governo federal de reajuste salarial zero em 2024 e exigem recomposição orçamentária para universidades e institutos federais.
Os grevistas inicialmente planejavam ocupar a reitoria da universidade, mas mudaram de estratégia após a informação vazar. A invasão do IMD ocorreu por volta das 5h, impedindo o acesso dos funcionários e estudantes ao local. Mesmo com a greve, alguns docentes mantinham as aulas, surpreendendo os alunos que chegaram pela manhã e encontraram o portão fechado.
Segundo o Comando Local de Greve, as atividades serão mais radicalizadas para pressionar o poder local através das reitorias e o governo federal. Nas últimas mesas nacionais de negociação, o governo apontou o fim das negociações e marcou para o dia 27 de maio a assinatura de acordos com os professores, e dia 28 para os técnico-administrativos, apesar das propostas não terem sido bem recebidas. Nesta semana, as assembleias do ADURN-Sindicato (representando os docentes da UFRN) e do Sintest (técnico-administrativos da UFRN) rejeitaram as propostas do Executivo.