A prática regular de atividade física atua na manutenção da saúde mental como um todo e pode melhorar, significativamente, a autoestima, as funções cognitivas e a capacidade de socialização, como já comprovado cientificamente, além de colaborar para a diminuição do estresse, ansiedade e transtornos emocionais.
“Isso acontece porque durante uma rotina de exercícios ocorre a liberação de neurotransmissores que são responsáveis pela sensação de prazer e bem estar, os chamados “hormônios da felicidade” (Endorfina, Serotonina, Dopamina e Ocitocina). A ação destes hormônios promove a diminuição dos níveis de estresse e ansiedade, melhora a qualidade do sono, a autoconfiança, a capacidade de raciocínio e de memória e torna o indivíduo mais resiliente aos desafios cotidianos”, explica o profissional de Educação Física da Bodytech Tirol, Flávio Henrique Batista.
A atividade física é uma recomendação padrão em saúde mental. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estipula pelo menos de 150 a 300 minutos de atividade aeróbica moderada a vigorosa, por semana, para todos os adultos, incluindo quem vive com doenças crônicas ou incapacidade.
“É uma terapia adjuvante altamente benéfica. Para indivíduos diagnosticados com algum transtorno psíquico, normalmente é sugerido três pilares no tratamento: acompanhamento psiquiátrico, psicoterapia e atividade física. Seja em transtornos de ansiedade, de humor, Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH), Transtorno de Estresse Pós-Traumático (TEPT) e muitos outros”, conta a psicóloga Christine Campos Lucena.
Ela ressalta ainda que a prática de atividade física diária é capaz de reduzir consideravelmente os riscos de desenvolvimento de doenças cardiovasculares, diabetes, obesidade e problemas relacionados à baixa imunidade. Problemas de saúde físicos mas que, quando ocorridos, tendem a afetar também a saúde mental, visto que ambos estão intrinsecamente conectados.
Para o arquiteto aposentado, Leonardo Soares Flor, de 63 anos, a prática de atividades físicas diárias influencia positivamente o seu estado de ânimo e o seu bem-estar emocional. Considerado uma pessoa ativa fisicamente desde que tinha 17 anos, ele acredita que, com o passar dos anos, o exercício físico tem se tornado um pilar cada vez mais importante para sua saúde mental.
“Eu sempre fui uma pessoa ansiosa e entendi muito cedo que estar dentro da academia ajudava não só na minha saúde física, como também na minha saúde mental. Porque é onde trabalho meu corpo, mas também vejo pessoas, converso, faço amigos. É como se fosse uma terapia”, conta.