Em reunião na sede da Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana (STTU), a direção do Sindicato das Empresas de Transportes Urbanos de Passageiros do Município de Natal, Seturn, demandou que a gestão municipal apresente uma solução para que não haja mais redução do serviço de transporte em função do aumento nos custos de operação.
“Agora em maio, nós teremos o reajuste dos motoristas, teremos também o aumento do óleo diesel e a prefeitura se recusa a tornar público quanto custa o serviço de transporte, desde 2019 se utiliza a mesma planilha de custos quando sabemos que houve redução de demanda e aumento de custos. O município contratou um estudo para ajustar a rede e calcular o custo do serviço. E não divulga os dados desse estudo, nem muito menos lança o edital de licitação. Se a prefeitura não trouxer esse custo para o debate público, haverá um risco de colapso, porque já dissemos, e a prefeitura sabe disso internamente, que o custo do serviço é muito superior ao que se arrecada. Esse processo de falência é lento e gradual, não ocorre da noite para o dia, vem ocorrendo há anos, pois desde 2010 se aguarda a realização da licitação.”, alegou o coordenador jurídico do Seturn, Augusto Maranhão Filho.
O Seturn reiterou que o sistema está em crise e na iminência de falir. E antes de haver a paralisação total, se nada for feito pela prefeitura irá ocorrer redução de horários e alteração trajetos de algumas linhas. O preço da passagem de ônibus é o mesmo desde 2019 e que, de lá para cá, as despesas aumentaram significativamente, especialmente combustível (óleo diesel). Para completar, o número de passageiros vem caindo consideravelmente.
A renovação do comunicado ocorreu nesta terça-feira (4), em reunião na sede da Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana (STTU) durante discussão sobre as linhas (46, 51, 52, 54 e 56) que mantiveram o itinerário encurtado desde os ataques terroristas ocorridos em março.
Os técnicos do Seturn argumentam que o bairro das rocas tem oferta de serviço adequada, pois continua a ser atendido pelas linhas 25, 33, 35, 37, 38, 43, 59, 75 e 84, com cerca de 300 viagens em dias úteis, além de poder utilizar essas linhas para integrar com as demais linhas do transporte coletivo urbano.