Desde o ano passado, o jornalista Lucas Junqueira acessa sites de apostas esportivas para se divertir e ganhar um dinheirinho. Aos poucos, o que começou como uma brincadeira se transformou em uma segunda fonte de renda para ele.
Apostar em placares e em resultados de jogos esportivos não é bem uma novidade no Brasil. Afinal de contas, a Loteria Esportiva, ou Loteca, mantida pela Caixa Econômica Federal, permite isso desde 1970.
No entanto, nos últimos anos, houve um aumento significativo no número de sites dedicados a apostas em placares esportivos. Essas páginas já patrocinam 18 dos 20 clubes de futebol da Série A do Campeonato Brasileiro de futebol.
O funcionamento desses sites foi autorizado no país em dezembro de 2018 por uma lei sancionada pelo então presidente Michel Temer, que determinou que a regulamentação deles seja concluída até dezembro deste ano.
O advogado Frank Ned, que é especialista em Direito Digital, destacou que o Brasil é o único do G20, grupo formado pelas 20 maiores economias do mundo, que ainda não regulamentou os sites de apostas esportivas. Para ele, o Brasil precisa estabelecer regras claras para um modelo de negócio que já é muito popular.
O advogado ressaltou, no entanto, que os sites de apostas esportivas podem levar ao vício e ao comprometimento financeiro quando utilizados sem responsabilidade. Os usuários também precisam ficar atentos a sites fraudulentos, que não fazem o pagamento dos ganhos obtidos com as apostas.
Até mesmo o jornalista Lucas Junqueira, que obtém rendimentos frequentes com a atividade, ressalta que é preciso ter consciência dos riscos envolvidos.
Procurado pela reportagem para comentar a regulamentação das apostas esportivas no país, o Ministério da Economia informou que o tema está em estudo pela equipe técnica da pasta.
Agência Brasil