Você conhece a Travessa Pax? Na Cidade Alta, em homenagem ao norte-rio-grandense Augusto Severo, a Prefeitura do Natal apresenta um painel artístico de 74 metros de comprimento homenageando o norte-rio-grandense Augusto Severo, nos seus 120 anos de morte. O painel em grafite tem 170 metros quadrados em pintura e apresenta imagens representativas da vida e obra do criador na vanguarda mundial das invenções aéreas, que aprimorou a dirigibilidade dos balões tripulados.
O painel idealizado pelo artista Flávio Freitas, diretor de Artes Integradas da Secretaria de Cultura de Natal, retrata a casa em Macaíba onde nasceu Severo, e ele jovem ao lado de dois de seus irmãos também ilustres: Pedro Velho (médico, senador e governador do RN) e Amaro Barreto (Pianista, professor da Escola Nacional de Música no Rio de Janeiro).
Trata-se de oito cenas distintas separadas por uma linha sinuosa. As cenas seguem ordem cronológica com eventos mais significativos da vida e obra do inventor aeronáutico potiguar Augusto Severo. O painel foi feito pelos artistas Fábio Freitas, Emanuel Aquila (Jão), José Augusto (Flip), Diogo Borges (Digone) e Marcelo Hugo.
Na sequência tem a paisagem do Rio de Janeiro no final do século 19 com imagem de Severo em primeiro plano representando sua mudança para o Rio de Janeiro para estudar engenharia. Depois vem o balão La Victoria e seu inventor, o paraense Cezar Ribeiro de Souza. Representa a sua paixão pela aviação que ganha vulto com a apresentação do voo demonstração do Balão La Victoria no Rio de Janeiro em 1882.
A Travessa Pax segue com a paisagem do teste histórico do balão “Bartolomeu de Gusmão”, patrocinado pelo governo imperial do Brasil em 1894, também na capital Rio de Janeiro. Continua com o desenho do primeiro projeto de balão de autoria de Augusto Severo, o aeróstato Potiguariana realizado em Natal no ano de 1889.
Na cena seis tem a visão do dirigível número 5, de Santos Dumont, contornando a Torre Eifell e por isso ganha o prêmio Deutsch daquele ano de 1901, que Severo almejava alcançar em 1902. Em primeiro plano Dumont, Severo e Sachet, o mecânico francês Georges Sachet.
A cena de número sete está reservada para a visão do trágico acidente aéreo do dirigível PAX enquanto pairava sobre os tetos de Paris, em 12 de junho de 1902. Estava prestes a demonstrar neste voo a alta dirigibilidade do PAX e com isso fazer jus ao prêmio Deutsch de 1902.
No final, a paisagem da praça Augusto Severo, na Ribeira, com o então moderníssimo dirigível alemão Graf Zeppelin, de transporte transcontinental de passageiros e cargas. Em memória das duas homenagens que os comandantes do Zepellin fizeram aos grandes feitos aeronáuticos de Augusto Severo sobre a cidade do Natal, nos anos de 1930 e 1933.