A Turquia enfrenta mais um abalo sísmico três semanas após os terremotos que causaram mais de 50 mil mortes no país. Desta vez, um tremor de magnitude 5,7 atingiu a região de Malatya, no leste, com epicentro na cidade de Yesilyurt, que já havia sido afetada pelo terremoto de 6 de fevereiro. Embora ainda não haja informações sobre vítimas, o prefeito da cidade, Mehmet Cinar, informou que mais prédios desabaram.
De acordo com o Centro de Pesquisas Geológicas dos Estados Unidos (USGS), que monitora terremotos em todo o mundo em tempo real, a magnitude do novo terremoto foi de 5,2, enquanto o Centro Sismológico Euromediterrâneo afirma que a magnitude foi de 5,5. Ambos os valores são significativamente menores do que o terremoto de 7,8 de magnitude que ocorreu em 6 de fevereiro, um dos piores da história da região, que destruiu milhares de prédios e cidades na região central da Turquia e no norte da Síria.
O USGS relatou que a profundidade do novo terremoto foi de 10 quilômetros, enquanto o centro europeu afirma que foi de apenas 5 quilômetros. A população local e as autoridades permanecem em alerta para os possíveis efeitos do tremor e trabalham para avaliar os danos e oferecer assistência aos afetados.
Tremores a cada quatro minutos
Duas semanas e meia após o terremoto de 7,8 de magnitude na área de fronteira turco-síria, o número de mortos aumentou para mais de 50 mil, informaram as autoridades dos dois países na sexta-feira (24).
A Turquia registrou 44.218 mortes, de acordo com a agência de desastres turca Afad, e a Síria reportou ao menos 5,9 mil mortes. Nos últimos dias, não houve relatos de resgate de sobreviventes.
Segundo a Turquia, nas últimas três semanas, foram mais de 9,5 mil tremores secundários e a terra chegou a tremer, em média, a cada quatro minutos.
De acordo com o governo turco, 20 milhões de pessoas no país são afetadas pelos efeitos do terremoto. As Nações Unidas estimam que na Síria sejam 8,8 milhões de pessoas afetadas.
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